MP denuncia prefeito de Não-Me-Toque por assédio sexual e abuso de autoridade
O prefeito de Não-Me-Toque, no norte do Estado, Armando Carlos Roos (PP), foi denunciado pelo Ministério Público pelos crimes de assédio sexual, importunação ofensiva contra uma terceira vítima, abuso de autoridade, além da contravenção penal de perturbação do sossego. Armando foi acusado por servidoras de oferecer cargos públicos em troca de favores sexuais.
A denúncia feita pela Procuradoria de Prefeitos do MP foi entregue para a 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, que poderá aceitar ou rejeitar o pedido. O órgão não repassou mais detalhes sobre os conteúdos das denúncias.
Em 2017, uma servidora de carreira do município procurou a Polícia Civil para denunciar que o prefeito a rebaixou de cargo, fazendo com que ganhasse menos, por não aceitar um pedido de cunho sexual feito por ele. A denúncia foi feita inicialmente como uma queixa, sem representação do crime.
Dias depois, a vítima decidiu seguir adiante com o procedimento e contou que estava sendo ameaçada. Com isso, a mulher teve deferido um mandado de proteção no âmbito da Lei Maria da Penha.
Depois disso, outro caso veio à tona. Uma funcionária que trabalhava desde 2017 na prefeitura de Não-Me-Toque, em um cargo comissionado, denunciou o prefeito. De acordo com a denúncia, em troca da vaga, Armando teria pedido favores sexuais à mulher. Uma delas, inclusive, filmou o suposto assédio, ocorrido dentro do gabinete.
Em nota, o advogado de defesa do prefeito, Fabiano Barreto da Silva, citou que “o prefeito não recebeu qualquer intimação e, por isto, não sabe quais são as efetivas e reais acusações que eventualmente lhe foram feitas. Logo, antecipar fundamentos de defesa ou mesmo entendimentos sobre a denúncia seria postura precipitada e até mesmo desrespeitosa para com o trabalho feito pelo Ministério Público”.
A Promotoria de Justiça de Não-Me-Toque já havia ajuizado na sexta-feira (6) ação civil de improbidade administrativa contra o prefeito Armando Roos. Além disso, o promotor responsável pediu afastamento do político do cargo. Por enquanto, não há nenhuma decisão do judiciário sobre o pedido.
Fonte: Gaúcha ZH
Foto: Reprodução.