Eduardo Bonotto assume presidência da Famurs
O prefeito de São Borja, Eduardo Bonotto, foi empossado nesta quinta-feira (8/7) como presidente da Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs). Recebendo o cargo do ex-prefeito de Taquari, Maneco Hassen, Bonotto irá comandar a entidade durante a gestão 2021/2022, iniciando o rodízio entre as legendas da última eleição, acordo firmado entre os partidos com mais prefeitos eleitos no estado.
Para atender os protocolos sanitários, o evento foi realizado de forma híbrida, no Hotel Plaza São Rafael. A solenidade contou com a presença de presidentes das Associações de Municípios do RS, das diretorias atual e eleita, de autoridades e representantes de entidades e órgãos estaduais e federais, além de familiares.
Em seu primeiro discurso já empossado, Eduardo Bonotto destacou a importância de assumir a Famurs, sendo seu maior compromisso na vida pública e política, tendo em vista que a entidade realiza um extraordinário trabalho e é uma ferramenta que leva a bandeira do municipalismo aos mais diversos setores da sociedade.
O novo presidente destacou que nos dias atuais as responsabilidades são redobradas, os desafios são imensos e que a sociedade precisa de um norte firme e concreto. Ele afirmou que a pandemia tem mostrado as inúmeras dificuldades enfrentadas e que o momento exige protagonismo, trabalho com resultados mas não somente de uma instituição, de uma entidade, de um ente público ou de um poder constituído, mas de todos nós como sociedade.
Outra ação será a criação de câmaras temáticas – com temas sobre saúde, pandemia, turismo, cidades de fronteira, finanças, retomada da economia, pequenos municípios – para discutir e buscar promover o desenvolvimento econômico e social das regiões e municípios gaúchos, através de um plano de desenvolvimento regional setorizado. A gestão também visa trabalhar pautas como as reformas tributária e administrativa; o novo pacto federativo; o debate das privatizações; e a geração de emprego e renda.
O governador Eduardo Leite anunciou durante a solenidade um possível pagamento do passivo da saúde aos municípios, hoje atualizado em R$ 430 milhões.
Leite afirmou que, somados aos R$ 804 milhões da dívida do ICMS da CEEE, serão cerca de R$ 1,3 bi em receitas que não estavam previstas no orçamento dos municípios, além dos investimentos que o governo estadual fará em infraestrutura nos municípios, como estradas, pavimentação urbana e rural, na segurança pública, na atenção básica em saúde e em hospitais regionais.
O governador Eduardo Leite também declarou que o diálogo foi a marca do governo e que houve sempre a busca para superar as divergências, lembrando da relação com os municípios e das inúmeras reuniões que trataram sobre a pandemia, a crise econômica e sanitária e a construção de soluções convergentes entre Estado e municípios.
Em seu último discurso como presidente da Famurs, Maneco Hassen agradeceu aos presidentes das Associações Regionais na construção de decisões e caminhos que a entidade deveria seguir, principalmente no auge da pandemia enfrentado em 2020.
Maneco também agradeceu o ex-presidente Dudu Freire, que colaborou com o trabalho da atual gestão. Frisou ser um dos períodos mais difíceis já enfrentado, sendo necessário se reinventar em plena pandemia, em um ano de eleições municipais e de troca de gestores. Maneco salientou que a próxima gestão encontrará a Famurs tal como foi deixada pela gestão do presidente Dudu Freire: com dinheiro em caixa, organizada e avançando nos seus processos internos para qualificar a gestão.
Salmo Dias de Oliveira, ex-prefeito de Rio dos Índios assumiu como diretor administrativo da Famurs e destaca a satisfação de retornar a entidade, a qual presidiu em 2018.