Deputado Jeferson Fernandes critica fakenews dizendo que Corsan não é lucrativa e precisa ser privatizada
O parlamentar do PT critica a pressa do Governador Eduardo Leite em aprovar na Assembleia Legislativa o projeto que retira a obrigatoriedade de plebiscito para privatizar a Corsan, a Procergs e o Banrisul. A privatização segundo Fernandes nunca foi uma política de desenvolvimento, pois segundo ele experiências no Estado com as áreas de telefonia, energia elétrica, dentre outros setores servem, para em alguns casos auferir lucros exorbitantes às empresa que assumem as empresas às custas do bolso dos contribuintes.
Jeferson disse que os esforços do RS deviam ser para diminuir mortes pela covid-19 que já ultrapassam as 25 mil e não aproveitar o momento em que as atenções estão na pandemia para passar um assunto no qual a sociedade deveria ser chamado para a discussão, que é privatizar um Banco que dá lucro e uma companhia de saneamento que tem investido em todas as cidades que está no RS.
O deputado Jeferson deu exemplo que a Corsan ao contrário da CEEE que teve a parte de Distribuição vendida recentemente não é a estatal com servidores de maior média salarial. A companhia utiliza o subsídio cruzado, no qual investe em dezenas de municípios do RS cuja arrecadação tarifária não lhe cobre os custos operacionais. Esses recursos repassados do seu caixa têm origem em municípios de porte médio e grande cuja arrecadação assegura esse superávit, que é reinvestido nas cidades de pequeno porte, política universalista que acabará no mesmo instante em que for batido o martelo consumando a privatização da estatal gaúcha de saneamento.
A receita geral do RS para 2021 está prevista em pouco mais de R$ 58 bilhões. O governador Eduardo Leite, que em campanha prometeu não privatizar a Corsan quer vender a estatal que atende 317 municípios gaúchos pelo valor estimado de “mercado” de R$ 3 bilhões, ou seja por pouco mais de 5% da receita de 1 ano do RS. O caso mais conhecido e controverso dos efeitos da privatização da água é o e Uruguaiana, que ocorreu em 2011, após muita pressão de várias entidades, como a Famurs. O processo , no qual existem diversas denúncias de corrupção, tem como saldo descumprimento das metas contratuais e a ampliação das tarifas ao consumidor. A Prefeitura de Uruguaiana cobra da atual empresa concessionária (BRK Ambiental), a título de multas, cerca de R$ 30 milhões por descumprimento contratual, sendo que até hoje não recebeu nenhum centavo.
FONTE: SUL 21