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Homens estão se cuidando ainda menos na pandemia, o que pode aumentar número de casos de câncer de próstata avançados

Homens estão se cuidando ainda menos na pandemia, o que pode aumentar número de casos de câncer de próstata avançados
30.11.2020 07h25  /  Postado por: Roger Nicolini

Homens, historicamente, são menos preocupados com a própria saúde. Na pandemia, esse cenário se agravou ainda mais, o que pode refletir no número de diagnósticos de cânceres que atingem eles, principalmente o de próstata, cuja detecção precoce é feita através de exames regulares e preventivos, assunto que ainda é tabu para muitos. Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) mostrou que a procura por cirurgias eletivas urológicas caiu 50% na pandemia. Desses, cerca de 90% afirmaram que houve uma redução em 50% das cirurgias eletivas, e 54,8% relataram que as cirurgias de emergências diminuíram pela metade.

Os dados assustaram e o oncologista Luiz Bruno afirma que essa realidade mostra a importância de campanhas de conscientização como o Novembro Azul, que promove ações informativas e práticas para estimular que homens se previnam contra o câncer de próstata, o segundo mais comum do Brasil (atrás apenas do câncer de pele e, em números absolutos, com mais ocorrências do que o câncer de mama feminino).

O câncer de próstata deve atingir 65.840 pessoas em 2020, segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Cerca de 75% casos atingem homens com 65 anos ou mais e mata mais de 15,5 mil brasileiros todos os anos. Luiz Bruno  frisa que há uma barreira sociocultural a ser superada e ela se ampliou com a pandemia e o medo dos homens em irem ao médico devido ao isolamento social imposto pelo coronavírus.

Alguns dos sintomas do câncer de próstata são dor ao urinar ou presença de sangue na urina. Não existem indícios que apontem medidas preventivas que possam contribuir ativamente na redução dos riscos de desenvolvimento deste tipo de tumor, mas investir em uma rotina alimentar equilibrada e exercícios físicos é sempre recomendável. A saúde precisa vencer o preconceito”, finaliza Bruno.

 

FONTE: GA COMUNICAÇÃO

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