Delegada regional de Soledade fala sobre o Caso Mariana Ferrer
O julgamento na Justiça de Santa Catarina que absolveu o empresário acusado de estuprar a influenciadora digital Mariana Ferrer encontra paralelo em decisões de cortes brasileiras do século 19 em casos de violência contra a mulher.
A honra da influenciadora digital Mariana Ferrer foi atacada no julgamento realizado em setembro, no qual o réu era o empresário André de Camargo Aranha, acusado de, durante uma festa no Café de La Musique, em Florianópolis (SC), ter abusado sexualmente dela, embora ela estivesse fora do juízo normal. O acusado foi absolvido em uma audiência na qual Mariana foi humilhada pelo advogado da defesa, Cláudio Gastão da Rosa Filho, que mostrou fotos delas nas redes sociais sem qualquer relação com o caso. O ataque ocorreu diante do juiz Rudson Marcos, da 3ª Vara Criminal de Florianópolis, e do promotor Thiago Carriço de Oliveira, que, considerando as imagens divulgadas, nada fizeram. A delegada regional de Polícia de Soledade, Fabiane Vargas Bitencurt leu o processo e faz a sua análise do caso.
Depois de divulgação das imagens pelo The Intercept, o termo “estupro culposo” ganhou destaque nas redes sociais, com manifestação de anônimos e famosos, com notas de repúdio do Senado Federal e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), além de determinação de apuração da conduta do juiz pelo Conselho Nacional de Justiça. Integrantes do STF pedem apuração também da atuação do promotor. A delegada chama a atenção quanto ao tratamento às mulheres vítimas de estupro quando vão denunciar o crime.
A delegada analisa a atuação do advogado do suspeito de estupro.
Qualquer violência contra a mulher precisa ser denunciada, encerra a delegada
Fonte: Estado de Minas
Foto: Clic Soledade