Intransigências e conflitos burocráticos do governo atrapalham setor de eventos no RS

Mais de duzentos dias se passaram desde que o Governo do Estado adotou protocolos sanitários e de restrições comerciais, porém nada evoluiu junto ao setor de eventos, que em nível estadual é responsável por meio milhão de postos de trabalho e arrecadação na casa de R$ 2 bi/ano. A magnitude da cadeia chamada “Indústria do Entretenimento”, equivale a 12% do PIB brasileiro.
Para Eliana Azeredo – diretora da Capacità Eventos, o setor ruiu já em março, quando as imposições foram adotadas. Ela explicou que, mesmo após o grupo ter explicado e elencado inúmeros tipos e variações de protocolos ao Governo do Estado, os municípios estão dificultando a retomada. Além da falta de critérios, existe a boa vontade do serviço público em reativar as operações. Eliana afirma que mesmo em ambiente on line ainda são necessários os eventos presenciais.
Como um coro, os representantes criticaram duramente os protocolos adotados e as dicotomias existentes, além da instabilidade jurídica e conflitos de competências, principalmente na esfera municipal. Na opinião da empresária, seguir com a ideia de restrição das atividades não tem sentindo, visto que em eventos organizados por produtoras é seguido uma série de protocolos e controles. Ele salienta algumas incongruências, tais como: a possibilidade da abertura de restaurantes, mas não é permitido reunião-almoço, mesmo com a limitação e o conhecimento do público específico.
Outra crítica é no tocante a atividade religiosa “aqui não está sendo julgado o critério da fé, mas do evento. O religioso seria o palestrante, e o fiéis os espectadores. Qual a diferença? Por que não se pode realizar uma palestra? Ela pede a sensibilidade do poder público pois a capacidade de ajudar das pessoas e de se arrecadar em lives e drive-in se esgotou.
FONTE E FOTO: ASCOM FEDERASUL