Saúde física e emocional dos professores precisa deixar de ser negligenciada
O Neurocientista e psicanalista Fabiano de Abreu alerta que a saúde física destes profissionais vem definhando junto da saúde mental, cada vez mais afetada pela ansiedade e pelo estresse
Neste dia 15 de Outubro, Dia do Professor, além de lembrar o papel que este profissional imprescindível para o futuro do mundo tem de ensinar, também temos de entender o outro lado deles. O estresse, depressão e falta de cuidados físicos, como boa alimentação e exercícios, são uma combinação fatal e frequente entre professores de todo o Brasil, em especial, os que trabalham com alunos da Educação Básica. O Brasil está no segundo lugar entre os países mais estressados do mundo, segundo a Associação Internacional de Controle do Estresse e da Tensão. Fabiano comenta que tudo isso se agravou com a pandemia, pois com a não presença do professor em aulas presenciais, o ensino remoto representa uma sobrecarga maior de trabalho.
Jornada de trabalho exaustiva, com aulas presenciais e online, somada à baixa remuneração, à falta de oportunidades para se capacitar, aos materiais de trabalho insuficientes e à indisciplina dos alunos, que em diverso casos chegam a agredir os profissionais de maneira verbal e até física, formam um quadro grave que desencadeia depressão, acne, dores de cabeça, dores crônicas, dores no estômago, alergias e problemas na pele, baixa imunidade facilitando doenças, fadiga, queda de cabelo, taquicardia, bruxismo, sudorese, tensão muscular e alguns outros sintomas que, em última análise, aumentam também os riscos de ataque cardíaco”, explica Abreu, que comenta o baixo número de pessoas que se propõem a ser professores.
O psicanalista defende que os pais se eduquem antes de educar os filhos a fim de que reconheçam o papel do professor.
FONTE : SEGS
FOTO: ARQUIVO PESSOAL