Cremers defende autonomia do médico na prescrição de remédios para Covid-19
Após a publicação do novo protocolo do Ministério da Saúde, que permite ao Sistema Único de Saúde (SUS) o uso da cloroquina e da hidroxicloroquina com amplo alcance em pacientes com Covid-19, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) reiterou seu posicionamento técnico, defendendo a autonomia do médico na prescrição do medicamento, e salientou que não existem “evidências científicas que demonstrem real benefício na utilização do medicamento”.
De acordo com o presidente da entidade, Eduardo Trindade, até o momento, não há um tratamento específico para a Covid-19 por isso é necessário “cuidado na recomendação de tratamentos sem evidências, no sentido de criar uma falsa sensação de segurança na população”. Segundo Trindade, não se pode politizar o uso do medicamento, que não tem eficácia comprovada.
Para o presidente do Cremers, os estudos estão sendo feitos com prioridade, mas a medicação com cloroquina pode se tornar inócua, uma vez que está sendo detectado nos pacientes curados por coronavírus que a doença está sendo combatida naturalmente pelas defesas do organismo.
Segundo a nota, assinada pelo presidente Trindade e pelo coordenador do Grupo de Trabalho para Enfrentamento à Covid-19 da entidade, Fabiano Nagel, quando houver o uso da cloroquina, é fundamental que o paciente esteja ciente dos riscos e as adversidades que o medicamento pode causar à saúde, inclusive com coleta de assinatura em termo de esclarecimento e responsabilidade. O presidente explica.
FONTE E FOTO: CORREIO DO POVO