A Coprel iniciou os investimentos na área de geração de energia no início da década de 1990, aproveitando todo o conhecimento e experiência na distribuição de energia para prospectar novas alternativas de negócios com a geração.
Assim, a cooperativa realizou um levantamento de potencial hídrico de toda a região, que resultou na implantação das primeiras usinas: Pinheirinho (0,88MW), em Ibirubá; Usina do Posto (0,8MW), em Lagoa Vermelha; e Usina Cotovelo do Jacuí (3,34MW), em Victor Graeff.
Mais tarde, junto ao Rio Ivaí, entre os municípios de Salto do Jacuí e Júlio de Castilhos, foram identificadas áreas com grande potencial de geração hídrica. No entanto, estes projetos eram desafiadores: contemplavam dois empreendimentos que, juntos, superavam em quase 10 vezes o potencial de geração da maior usina própria da Coprel, a PCH Cotovelo do Jacuí. Assim, de forma conjunta entre a Coprel e outros empreendedores, foram construídas as Usinas PCH Ernesto Jorge Dreher e PCH Henrique Kotzian, seguindo o modelo da intercooperação desde a elaboração dos projetos iniciais, passando pela busca de recursos financeiros, até a posterior operação e manutenção técnica e financeira das usinas.
O modelo de gestão cooperativa, que já fazia parte da cultura Copreliana, foi compartilhado entre todos os empreendedores e investidores das usinas. E serviu como experiência positiva que motivou o ingresso da Coprel em mais investimentos de geração de energia em conjunto com outras cooperativas, como por exemplo, a Usina Cazuza Ferreira (9,10MW), em São Francisco de Paula, onde a Coprel tem 38% de participação, além de outros projetos de geração que estão em distintas fases.
As PCHs Dreher e Kotzian, juntas, geram energia para atender a mais de 70 mil famílias. Localizada em Salto do Jacuí, a PCH Dreher tem potência instalada de 17,7MW, já a PCH Kotzian, instalada em Júlio de Castilhos, gera 13MW de energia. Nestes empreendimentos, a participação da Coprel é de 27%.
As usinas Dreher e Kotzian geram resultado econômico para os municípios onde estão instaladas, através dos impostos pagos pela atividade. Para a Coprel, o resultado é investido em novos projetos de geração e nos programas sociais da cooperativa, como o Programa Auxílio Pecúlio e o Fundo Mais Energia. Além do resultado econômico, as duas usinas seguem sua operação com total compromisso ambiental, sendo certificadas pela geração de créditos de carbono pela VCS (Verified Carbon Standard) e no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), garantindo o selo de energia 100% limpa. Programas ambientais, atividades de reflorestamento, e práticas como a retirada de resíduos dos rios pelas grades das usinas, também são exemplos do ganho ambiental proporcionado pelas Pequenas Centrais Hidrelétricas.
A Coprel segue investindo em projetos de intercooperação na área de geração de energia, com outras cooperativas e empreendedores, como nas Usinas Dreher e Kotzian para aliar desenvolvimento econômico com a responsabilidade socioambiental.
O engenheiro e facilitador da unidade de geração da Coprel, Marcos Eidt, comenta.
Fonte e foto: Ascom Coprel