O bancário Rodrigo Mocelin da Silva, de Tapera, feito refém por criminosos após assalto a duas agências bancárias em Ibiraiaras, em dezembro do ano passado, foi morto por um tiro disparado por um policial militar envolvido na ocorrência. O exame no projétil extraído do corpo da vítima foi concluído pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) e entregue à Polícia Civil.
O tiro, conforme a polícia, foi feito por uma pistola. Para o delegado João Paulo de Abreu, da Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), não há crime na conduta do PM, que agia para revidar a ação de criminosos.
Silva, 37 anos, era subgerente do Banco do Brasil de Ibiraiaras. O local e a agência do Banrisul da cidade foram atacados no dia 3 de dezembro.
Para o delegado, os responsáveis pela morte foram os criminosos. Por isso, eles já foram indiciados por latrocínio (roubo com morte) pela polícia e denunciados pelo Ministério Público.
Conforme o delegado, houve três momentos de confronto dos criminosos com policiais militares. O subgerente foi ferido no primeiro, ocorrido ainda dentro da cidade. Dois PMs participaram deste tiroteio. O PM que atingiu o refém está identificado, mas a polícia não revela o nome.
O inquérito do caso já estava concluído, faltando o resultado da perícia de microcomparação balística – que agora foi encaminhada pelo IGP à polícia.
Conforme o delegado, depoimentos coletados à época do crime já indicavam para a possibilidade de o refém ter sido atingido por algum PM, já que Silva foi ferido ainda na área urbana, durante confronto entre os criminosos em fuga e uma patrulha da Brigada Militar. Além dele, havia outros reféns no porta-malas do carro que os bandidos usaram para fugir.
Silva trabalhava no Banco do Brasil desde 2005 e havia sido transferido para a cidade três meses antes do crime. Era casado e tinha duas filhas.
A Brigada Militar ainda conduz um Inquérito Policial Militar (IPM) sobre o caso. O IPM deve ser concluído nos próximos dias.
Fonte: GaúchaZH