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Dentista volta a ser preso por morte de gerente de banco em Anta Gorda

Acusado de ter matado Jacir Potrich, Carlos Patussi estaria coagindo os familiares da vítima
Dentista volta a ser preso por morte de gerente de banco em Anta Gorda
26.04.2019 07h46  /  Postado por: Roger Nicolini

O dentista Carlos Patussi, 52 anos, foi preso na tarde desta quinta-feira (25) no Fórum de Encantado, no Vale do Taquari. Ele responde pela morte do gerente do banco Sicredi de Anta Gorda, Jacir Potrich, 55 anos. Na última segunda-feira (22), o Ministério Público (MP) havia ingressado com pedido de prisão preventiva por coação no curso do processo. De acordo com o promotor responsável pelo caso, André Prediger, Patussi estava ameaçando testemunhas, principalmente, familiares do bancário.

— A viúva da vítima registrou um boletim de ocorrência. Ele chegou até a perseguir o carro dos familiares do bancário. Além disso, passou a se gabar e amedrontar outras pessoas da pequena cidade de Anta Gorda,  dizendo que era para ter cuidado com ele — disse o promotor.

De acordo com o MP, a prisão ocorreu dentro do Fórum por coincidência, já que na tarde desta quinta haveria uma reunião entre a juíza e os advogados do dentista. Como o réu também apareceu para o encontro, o mandado foi cumprido dentro do prédio.

O advogado Paulo Olímpio Gomes de Souza,  que defende Patussi, diz que ficou surpreso com a prisão e com o boletim de ocorrência feito pela esposa de Potrich.

— Carlos (Patussi) tem um prédio próximo ao local onde essa senhora está morando (a esposa de Potrich). A cidade é muito pequena e eles teriam se cruzado próximo de um posto de combustíveis. Foi apenas isso, mas ela registrou um boletim de ocorrência por ameaças — alegou o advogado.

Segundo Paulo Olímpio, Patussi estaria apenas limitando sua rotina a ir ao consultório, visitar a esposa no trabalho, se deslocar para a cidade de Arvorezinha, onde também atua e retornar para casa.

— Agora vamos analisar as alegações e ingressar com um habeas corpus no Tribunal de Justiça do Estado — disse.

Patussi chegou a ser preso em 23 de janeiro em um apartamento em Capão da Canoa, no Litoral Norte, e foi solto oito dias depois, após solicitação da defesa.

No dia 11 de abril, a juíza Jacqueline Bervian aceitou a denúncia do Ministério Público por homicídio triplamente qualificado e Patussi virou réu pela morte do gerente do banco. O pedido de prisão preventiva foi negado na época e ele passou a responder em liberdade.

A Polícia Civil entregou ao Judiciário a conclusão do inquérito na quarta-feira (24). Ele foi indiciado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Para os investigadores, por uma desavença pessoal, o dentista estrangulou a vítima dentro do quiosque no condomínio de três casas onde ambos residiam. Posteriormente, ocultou o cadáver, até hoje não encontrado.

Fonte: Gaúcha ZH

Foto: Eco Regional

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