Futura chefe da Polícia Civil do RS prega “união de esforços contra os crimes patrimoniais”
A delegada Nadine Farias Anflor, futura chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, voltou a defender a atuação integrada dos órgãos de segurança do Estado no combate ao crime organizado. Em entrevista ao programa Estúdio Gaúcha, na noite desta quinta-feira (20), Nadine disse que não pode adiantar muitos planos para a gestão. Segundo ela, alguns pontos serão debatidos e alinhados com o futuro secretário da Segurança, Ranolfo Vieira Júnior, que também é vice-governador eleito, em reunião na semana que vem.
Nadine será a primeira mulher no comando da Polícia Civil no RS. No entendimento dela, essa nomeação “abre as portas”:
— Eu disse que todas as mulheres da segurança pública e que todas as mulheres em geral se sintam representadas nesse ato simbólico. Sempre digo que a gente não deveria comemorar, porque isso deveria acontecer naturalmente, mas, realmente, ser a primeira mulher tenho certeza que vai abrir novos caminhos. Quando uma mulher chega a um posto de comando, ela demonstra e carrega todas as outras, mostrando que a gente é capaz e que lugar de mulher é em qualquer lugar.
A delegada destacou a investida contra os roubos de veículos como um dos eixos importantes para evitar latrocínios (roubo com morte).
— É preciso começar um projeto piloto para combater o roubo de veículo. A gente diz que cada roubo é um potencial latrocínio, né? E esse crime a gente não quer mais que aconteça. A gente vai trabalhar com uma investigação qualificada, tentar reunir informações, concentrar as informações nesse sentido.
O combate aos crimes patrimoniais será uma das principais iniciativas da Polícia Civil, de acordo com Nadine:
— São crimes que incomodam. O interior do Estado também. O secretário de Segurança, o vice-governador, usou a expressão “o crime ordinário”. Aquele crime diário que incomoda. É o furto, é o roubo na parada de ônibus. A gente vai ter de ter um olhar diferenciado, uma união de esforços contra os crimes patrimoniais.
A futura chefe também explicou como pretende atuar no combate a crimes contra mulheres e grupos vulneráveis:
— A intenção é instalar o departamento de proteção de grupos vulneráveis. Um departamento que vai abranger delegacias da mulher, delegacia do idoso, delegacias da criança e do adolescente, que vai trabalhar com a população LGBT e os demais vulneráveis. A gente quer dar um olhar diferenciado. Um atendimento mais qualificado, padronizado. Um olhar de rede, não só um olhar novo da Polícia Civil, mas também o fortalecimento de uma rede de atendimento.
Ouça a entrevista.
Fonte e foto: Gaúcha ZH