Sexta-feira, 14 de Fevereiro de 2025
Telefone: (54) 3383 3400
Whatsapp: (54) 9 9999-7374
Curta nossa página no Facebook:
Clique para Ouvir
Tempo limpo
34°
18°
35°C
Espumoso/RS
Tempo limpo
No ar: Batidão da Líder
Ao Vivo: Batidão da Líder
Bom Dia Líder

Em um ano, 120 postos gaúchos fecham as portas

Em um ano, 120 postos gaúchos fecham as portas
05.11.2018 07h35  /  Postado por: upside
Os problemas econômicos do Brasil e a mudança na política de preços da Petrobras, que tornaram os reajustes mais ágeis e seguidos, impactaram o consumo de combustíveis no País, especialmente o da gasolina. Essa situação criou uma enorme dificuldade para os postos, levando inclusive ao fechamento de alguns estabelecimentos. O presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes no Rio Grande do Sul (Sulpetro), João Carlos Dal’Aqua, estima que cerca de 120 postos no Estado encerraram suas atividades no espaço de um ano, dentro de um universo de aproximadamente 2,8 mil unidades.
O presidente do Sulpetro ressalta que o mercado dos revendedores de combustíveis sempre passou uma imagem para a sociedade que nunca enfrentou problemas, mas não é bem assim. Dal’Aqua atribui a intensificação da crise do segmento a partir da nova forma de precificar os combustíveis adotada pela Petrobras (desde julho do ano passado), fazendo reajustes mais constantes, alinhados às oscilações do mercado internacional.
“O setor está atravessando uma crise sem precedentes”, alerta o dirigente. Além dos postos que fecharam, existem muitos estabelecimentos que Dal’Aqua chama de “semiabertos”, nos quais os proprietários somente operam quando têm dinheiro ou melhores condições para comprar combustível. “Esse é um cenário muito sério”, reitera. O presidente do Sulpetro ressalta que o mercado dos revendedores de combustíveis sempre passou uma imagem para a sociedade que nunca enfrentou problemas, mas não é bem assim. Dal’Aqua atribui a intensificação da crise do segmento a partir da nova forma de precificar os combustíveis adotada pela Petrobras (desde julho do ano passado), fazendo reajustes mais constantes, alinhados às oscilações do mercado internacional.
Com essa estratégia, os postos acabaram perdendo margem de lucro, por não conseguirem repassar integralmente os aumentos. O presidente do Sulpetro frisa que custos, como trabalhistas e com cuidados ambientais, continuaram crescendo. Dal’Aqua afirma que, atualmente, muitos empresários não estão conseguindo vender seus negócios e por isso acabam fechando. O dirigente admite que a dificuldade em repassar os custos é por que o preço da gasolina está elevado para o consumidor final.
De acordo com levantamento feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entre os dias 21 e 27 de outubro, o preço médio do litro da gasolina no Rio Grande do Sul foi de R$ 4,93, sendo que a margem de comercialização dos revendedores foi de R$ 0,507. O restante da composição do custo do combustível é devido a remunerações das refinarias, distribuidoras e também impostos. Somente em tributos, federais e estadual (ICMS), Dal’Aqua calcula em cerca de 50% o reflexo no preço da gasolina.
As distribuidoras (responsáveis pela adição do álcool anidro na gasolina que vem das refinarias e a posterior entrega do combustível aos postos) também estão sendo afetadas pelos problemas no setor. O presidente do Sindicato das Distribuidoras de Combustíveis do Rio Grande do Sul (Sindisul), Roberto Tonietto, informa que tem crescido a inadimplência dos revendedores com as distribuidoras, justamente devido à queda no consumo.
“Este ano tem sido bastante difícil, não só para a revenda, mas para a distribuição também”, reforça o empresário. O presidente do Sindisul argumenta que a greve dos caminhoneiros no mês de maio agravou o panorama, causando o desabastecimento de vários estabelecimentos. Esse episódio contribuiu para a queda no uso de combustível. Conforme a ANP, de janeiro a agosto deste ano, houve uma redução de 4,9% no consumo de gasolina no Estado, se comparado ao mesmo período em 2017. Tonietto recorda que ocorreu uma elevação muito intensa dos custos dos derivados de petróleo no mercado internacional, que foi repassada para o cenário brasileiro. “Como os postos estão na ponta (da cadeia), com uma pressão enorme do consumidor, não conseguiram repassar todo o aumento que tiveram”, explica. O presidente do Sindisul espera pela retomada da economia e com isso o incremento no consumo de combustíveis.
De julho de 2017 ao final de outubro deste ano, o consultor afirma que a Petrobras praticou um reajuste acumulado na ordem de 38,6% na gasolina que sai da refinaria. Esse incremento, sem o devido repasse, implicou o endividamento dos postos, na inadimplência com as distribuidoras e no fechamento de estabelecimentos. Outra consequência, diz Silva, é que está ocorrendo a concentração de mercado nas redes com um número maior de postos.
Fonte e foto: Jornal do Comércio/RS
Comente essa notícia
Receba nosso informativo
diretamente em seu e-mail.
Utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência, de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.
CONCORDO