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Crise na Argentina acende alerta entre exportadores do RS

10.05.2018 07h35  /  Postado por: upside

A decisão do governo argentino de buscar ajuda financeira no Fundo Monetário Internacional (FMI) gerou apreensão em setores gaúchos que têm no país vizinho seu principal cliente no Exterior. A negociação de empréstimo foi anunciada na terça-feira pelo presidente Mauricio Macri, diante da escalada do dólar no país vizinho.

Embora concordem não ter havido tempo suficiente para mensurar a dimensão do problema, empresários e dirigentes sindicais patronais alertam para os reflexos que devem ser sentidos a curto e médio prazos. Nos setores calçadista, automotivo e de máquinas agrícolas, por exemplo, a Argentina se consolida como o maior cliente externo dos gaúchos.

Para o presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein, a preocupação mais urgente é com possível atraso de pagamento. Em período maior, a perda de competitividade.

Fernando Koch, gerente de exportações da fabricante de calçados West Coast, de Ivoti, informa que a Argentina representa 33% do volume de exportações da empresa e que, por isso, desde a disparada do dólar e dos aumentos de tarifas de serviços básicos naquele país,  elevou o nível de atenção.

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul, Cláudio Bier, a situação preocupa à medida que a Argentina, além de responsável pela importação de 15% do que é produzido pelo segmento no Estado, figura entre os maiores produtores de soja do mundo:

Bier estima que, daqui a um mês, será sentido o reflexo da crise, pois a tendência é de que os empresários argentinos estanquem as compras. E as empresas gaúchas deverão ser mais ponderadas quanto ao fornecimento de crédito, prevendo dificuldade de liquidação:

Marcos Oderich, presidente da Oderich, de São Sebastião do Caí, aponta que, nas últimas duas semanas, foi surpreendido com o volume de pagamentos feitos por clientes argentinos, mesmo diante da desvalorização do peso ante ao dólar. Para ele, não está claro o que motivou esse movimento, mas sugere que os empresários possam estar liquidando suas dívidas para antecipar possíveis novas elevações da moeda norte-americana.

O principal executivo da companhia de conservas alimentícias explica que seus clientes, mesmo nos períodos mais sensíveis da economia argentina, honraram compromissos firmados. Para Oderich, o risco de calote é baixo:

O executivo avalia que a característica dos seus compradores permitiu que, por enquanto, não houvesse reflexo negativo. Como presidente do Sindicato das Indústrias de Alimentação do Estado, Oderich afirmou não ter percebido, por enquanto, reflexo do anúncio de Macri no setor.

Fonte e foto: Gaúcha ZH

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