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Finados, rituais e cor preta: entenda o significado

Finados, rituais e cor preta: entenda o significado
Foto: Reprodução.
02.11.2022 09h28  /  Postado por: Roger Amaral

A data de 2 de novembro é conhecida como Dia de Finados, Dia dos Mortos ou Dia de Todos os Santos. Dependendo da cultura, o dia ganha um viés festivo ou torna-se um momento para reclusão e reflexão. Mas você sabe o significado de Finados, dos rituais e da cor preta?

Dia de Finados e os rituais: entenda

Cemitério e flores

No Brasil, o ritual mais comum de celebração do Dia de Finados é a ida ao cemitério. Lá são colocadas flores nos túmulos dos parentes e amigos já falecidos, e algumas pessoas ainda oferecem orações a quem se foi. Também é comum que sejam feitas missas, para que as pessoas possam orar por aqueles que já se foram.

Em geral, o clima da data sugere introspecção, já que quem tem parentes ou amigos falecidos costuma ficar mais fechado e recluso durante o dia. Entenda aqui sobre como superar o luto.

Cor preta no Dia de Finados

Apesar de ser uma tradição antiga, muita gente ainda opta por usar roupas na cor preta no Dia de Finados no Brasil. Porém, a cromoterapeuta Solange Lima, acredita que essa pode não ser a melhor escolha para a data.

“O preto representa respeito pelos mortos, mas causa certo isolamento e distanciamento do mundo, impedindo que outras pessoas ofereçam ajuda. Sendo assim, a cor não é indicada para um momento em que se precisa de aconchego e acolhimento, já que acaba afastando os outros”, ensina Solange.

A dica da especialista é tentar resgatar algumas cores que oferecem mais ação e estimulam a coragem. Por isso, ela sugere cores quentes, como:

  • Vermelho, que traz estímulo, ação, movimento e é antidepressiva;
  • Laranja, pois oferecem coragem para enfrentar os desafios;
  • Amarelo, que gera mais disposição e vitalidade.

Dia dos Mortos e a alegria no México

Foto: Reprodução.

Diferente do Brasil, que a data com tristeza, o México tem o costume de fazer grandes festas para homenagear a memória dos mortos. Conhecida como Dia de Los Muertos, a data é encarada de forma alegre e tem o objetivo de celebrar e relembrar com orgulho as memórias de quem já se foi.

O povo mexicano acredita que o legado da pessoa é vivido e reforçado mais uma vez, através dos parentes e amigos que ainda vivem. Por isso, as pessoas usam fantasias coloridas de caveiras, constroem altares dentro das casas e preparam as comidas e bebidas preferidas de quem já se foi.

Dia de Todos os Santos na Espanha

Os espanhóis comemoram o Dia de Todos os Santos em 1º de novembro. Sendo um feriado nacional, as pessoas também visitam os cemitérios e levam flores aos túmulos à noite. Mas o tom também tem um clima mais festivo do que no Brasil.

Um doce especial, chamado Hueso de Santos (Osso dos Santos), feito de marzipã, ovos e “syrup” (calda semelhante ao mel, feita de açúcar e água), é comido como sobremesa especial. Durante o dia, as cidades espanholas recebem paradas em honra aos mortos e, assim como na tradição mexicana, os espanhóis também usam roupas de tons coloridos e vibrantes no dia.

Rituais para lidar com o luto

Segundo a psicóloga Maria Cristina Gomes, algumas culturas preferem reviver o sofrimento a celebrar as memórias dos falecidos. Porém, mesmo com o sofrimento causado pela morte, a especialista afirma que o luto deve ser superado, para que a vida possa seguir da melhor forma.

A psicóloga explica que uma forma de viver o luto é conversar sobre isso com as pessoas próximas, além de respeitar seu próprio ritmo. A especialista acredita que escrever uma carta de despedida, por exemplo, pode ser um bom ritual para dizer aquilo que não foi dito e limpar os sentimentos negativos que permaneceram.

Para finalizar, Maria Cristina orienta a valorizar a memória dos mortos dia após dia, e não somente em apenas um único dia do ano.

“Não estamos acostumados a pensar na morte e isto, por vezes, é visto como algo ruim ou que trará má sorte. Mas homenagear ou lembrar das pessoas amadas é uma forma de viver o momento presente com mais intensidade e também de valorizar a própria vida”, defende Maria Cristina.

Fonte: Personare - Terra.
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