Violência e morte agravam crise em Santa Catarina
A violência que tomou as ruas de Santa Catarina nos últimos quatro dias deixou um saldo de 43 ataques e uma morte. A vítima é um homem de 22 anos, que teria sido atingido durante confronto no bairro Copacabana em Joinville. Os conflitos ganharam força na madrugada de sábado e domingo, com incêndio a ônibus e investidas contra bases da Polícia Militar, da Polícia Civil e carros particulares. Em plena temporada de verão, 14 municípios catarinenses registraram ocorrências, que estariam sendo comandadas de dentro de presídios pela facção Primeiro Grupo Catarinense (PGC).De acordo com relatório da Polícia Militar, ao menos 20 suspeitos foram presos. Esta é a segunda onda de atentados em três meses. Joinville é a cidade que tem maior número de ocorrências com 11 ataques. Na madrugada de domingo, um rapaz de 22 anos, suspeito de participação nos crimes, foi morto em confronto com PMs. Ele estava em uma moto com a placa dobrada e foi atingido ao tentar atirar em um policial, que estava de folga. O homem foi perseguido por viaturas, não teria obedecido a ordem de parar e tentou atirar contra a guarnição. O caroneiro acabou detido. Florianópolis, que há duas noites não registra incidentes, contabiliza oito atentados.Entre 18h de sábado e 7h de ontem, além do confronto que acabou na morte do suspeito, a Polícia registrou três ônibus e duas carretas incendiados, disparos contra a casa de um policial civil, contra duas delegacias e ataques a três subprefeituras.A investida dos criminosos chegou também ao Oeste catarinense. Em Chapecó, na madrugada de ontem, no bairro Jardim América, foi incendiado micro-ônibus escolar. Quase simultaneamente, no bairro São Pedro, houve a tentativa de incendiar a garagem da prefeitura. No local, a tela estava cortada e um vasilhame com combustível foi encontrado.Em São Francisco do Sul, por volta das 5h, dois homens em uma motocicleta jogaram um coquetel molotov na base do 27 BPM. No sábado, no bairro De Paula, já havia ocorrido incêndio a um ônibus. Outros dois ataques ainda foram registrados. Em Araquari, na madrugada de ontem, às margens da SC 301, quatro homens em duas motos colocaram fogo em uma das salas da subprefeitura, que foi destruída pelo fogo. Os suspeitos não foram localizados.Na noite de sábado, houve dois registros em Criciúma. No primeiro, por volta das 18h, um ônibus foi atacado por dez homens que invadiram o veículo, sendo quatro armados e usando roupas pretas. No bairro Tereza Cristina, foi lançado coquetel molotov na casa de uma policial civil. Não havia ninguém na moradia. Em Maracajá, duas carretas, uma delas de combustível, que estavam em um posto na BR 101, pegaram fogo no pátio, quando os motoristas jantavam em um restaurante. Em Itajaí, no bairro Cordeiros, houve o registro de atentado contra a subprefeitura.