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Paulo Leme Filho analisa vício de jovens em redes sociais

Paulo Leme Filho analisa vício de jovens em redes sociais
05.01.2024 15h51  /  Postado por: Tânia Diehl

“Viver em um mundo de bonequinhos vicia”, escreve Paulo Leme Filho. Abstêmio há 27 anos, ele compara a relação das crianças e jovens com as redes sociais aos mecanismos da dependência que ele conhece bem e que geram uma “felicidade tóxica”.

“Pelo celular olho para o sucesso exibido a cada segundo – todos gozam a vida sem parar, e a felicidade é rápida e transbordante. Tudo leva a crer que likes geram a liberação da dopamina estabelecendo assim o mecanismo da dependência”, esclarece o autor de O Bonequinho, no capítulo “A nova doença”. O livro foi lançado no fim do ano pela Scortecci.

A questão, segundo Paulo Leme Filho, não é mais saber se a nova ordem causa ou não problemas – mas a extensão e a gravidade deles. E, para evidenciar os problemas de saúde mental que acometem crianças e jovens, Paulo traz alguns dados que fazem jus as campanhas de Janeiro Branco que alertam para a necessidade de conscientização e cuidado.

Estatística

Segundo o Ministério da Saúde, o número de suicídios de jovens cresceu no Brasil nos últimos anos. De 2016 para 2021, a taxa de mortalidade por cem mil pessoas relacionada a essa causa aumentou 45% na faixa de 10 a 14 anos e 49,3% na de 15 a 19 anos, contra 17,8% na população em geral.

No primeiro semestre do ano passado, a cidade de São Paulo contabilizou, em média, dez casos de autoagressão e de tentativa de suicídio entre crianças e jovens de até 19 anos.

Preocupação

Desde 2021, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) incluiu o tema da saúde mental entre crianças e jovens no Tratado de Pediatria, principal publicação direcionada aos médicos que cuidam de pessoas até 18 anos em todo o país. No mesmo ano, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em parceria com o instituto Gallup, publicou o relatório ‘Situação Mundial da Infância” elegendo a temática como prioridade de atuação.

O documento ressalta que a ‘geração Z’, os nascidos após 1995, conhecida como ‘nativos digitais’ são mais susceptíveis aos efeitos do estresse, apresentando maiores taxas de ansiedade, depressão, automutilação e suicídio. “O desenvolvimento desses jovens, com menos mecanismos para lidar com frustrações e adversidades (menor resiliência) e dificuldades em adiar o prazer (imediatismo) podem também ser fatores sociais que influenciam no desencadeamento de quadros mentais que têm contribuído com o aumento do suicídio”, informa o boletim.

Prevenção

A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que, mesmo entre adolescentes e pré-adolescentes, o tempo de tela e videogame não ultrapasse as três horas diárias e que jamais se permita que eles “virem a madrugada” jogando ou navegando. A SBP tem um manual que detalha os limites de tempo de tela para cada faixa etária e dá outras orientações.

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