Baixa procura para adotar animais resgatados da enchente no RS um ano depois é preocupante

Após a enchente, protetores de animais avaliam que o trabalho de acolhimento dos pets perdeu a visibilidade e as dificuldades, que já vinham de antes, se instauraram mais uma vez. Agora, em números maiores. Abrigos de cidades atingidas pela enchente ainda têm cães e gatos resgatados. Na capital gaúcha, a prefeitura conta com quatro locais, totalizando quase 500 animais que ainda aguardam adoção.
Segundo a prefeitura, a capital chegou a ter cerca de 40 abrigos conveniados, mantidos por voluntários com suporte técnico e recursos financeiros da prefeitura e 2,9 mil animais.
“Os resgates sensibilizaram grande parte da população. Hoje, o desafio são as adoções de animais adultos, dos idosos, dos portadores de alguma deficiência e dos cães de médio e grande porte. A desmobilização do “pós-enchente” e a baixa procura para adoção e doações preocupam autoridades.
Deise Falci, protetora e voluntária há mais de 17 anos, conta que, na enchente, o número de pessoas que ajudavam com os custos dos resgates, por exemplo, aumentou. Passado o período crítico da enchente, os envolvidos no trabalho viram esse apoio diminuir. “A gente fez resgate de cão de raça, de canil clandestino de maus-tratos e praticamente apareceu adotantes pra todos eles rapidamente. E esses animais da enchente estão há dez, onze meses ainda esperando porque são vira-latas”.