Deputado federal gaúcho Afonso Motta (PDT) se declarou inocente do suposto desvio de emendas parlamentares

Após retorno a Brasília e se reunir com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), o deputado federal gaúcho Afonso Motta (PDT) se declarou inocente do suposto desvio de verbas parlamentares suas que seriam destinadas ao Hospital Ana Nery, de Santa Cruz do Sul, e que é investigado pela Polícia Federal. A PF deflagrou na manhã desta quinta-feira a Operação EmendaFest, cujo um dos alvos foi o chefe de gabinete de Motta, Lino Furtado.
As investigações indicam que Lino teria acordado o direcionamento de propina com Cliver André Fiegenbaum, empresário e diretor administrativo da Metroplan, em troca da indicação de emendas para o hospital. O repasse dos valores à Fiegenbaum ocorreria através de uma empresa do lobista e o valor acordado seria de 6% sobre a verba enviada ao hospital. O deputado afirmou desconhecer este suposto esquema.
Se comentou sobre uma comissão de 6%. De maneira nenhuma, não tinha conhecimento da existência. É uma relação do (Hospital) Ana Nery, entre essa pessoa que fazia essa intermediação e outras pessoas que estão no inquérito, que eu nem tenho conhecimento e nem cabe a mim fazer qualquer tipo de avaliação”, disse.
“Está sendo investigada uma situação onde um intermediário, alguém que vem aqui na Câmara e busca emendas, tem uma relação de remuneração pelo fato de a emenda ser indicada. De maneira nenhuma, nunca tive nenhuma relação que tivesse essa natureza ou esse tipo de envolvimento”, declarou ainda.
Motta também partiu em defesa de seu chefe de gabinete, que o acompanha há 15 anos: “Está nos autos um contrato de prestação de serviços entre esse intermediário e o Ana Nery. Não tem nada que envolva o nosso gabinete, que envolva o Lino Furtado, com relação a esse processamento e a essa formalização. Eu não acredito (que ele está envolvido). Claro que a gente sempre tem que trabalhar com a reserva de fazer uma avaliação completa”.