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Brasileiros já pagaram mais de R$ 500 bilhões em impostos este ano, um aumento de 16,4%

Até a última quarta-feira (14), os brasileiros já haviam desembolsado mais de R$ 500 bilhões em impostos neste ano, conforme revelado pelo Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Esse montante representa um crescimento significativo de 16,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando a arrecadação foi de R$ 429,6 bilhões.

André Galhardo, economista-chefe da consultoria Análise Econômica, destaca que uma parcela substancial dos impostos, anteriormente isentos em alguns produtos, voltou a incidir neste ano. Esse fenômeno, conhecido como reoneração fiscal, especialmente sobre os preços dos combustíveis, impulsionou positivamente a arrecadação no país.

A arrecadação de impostos é considerada uma métrica importante para avaliar o nível de atividade econômica. Segundo Galhardo, atingir esse volume de impostos com maior rapidez pode ter contribuído para o registro histórico no impostômetro, embora não tenha sido o principal fator.

Luigi Mauri, economista, sugere que a inflação controlada também teve impacto nos números registrados. Para ele, uma inflação moderada, dentro dos parâmetros estabelecidos pelo Banco Central, indica uma atividade econômica saudável. Mauri enfatiza que o crescimento dos impostos recolhidos está correlacionado com uma atividade econômica positiva.

No entanto, apesar do aumento na arrecadação, há críticas quanto ao retorno dos investimentos públicos. Rodrigo Marrara, servidor público de Brasília, expressa descontentamento com a pequena contrapartida do governo em serviços públicos essenciais, como saúde e educação. Ele lamenta a alta carga tributária e a burocracia excessiva que, segundo ele, mais atrapalham do que estimulam o desenvolvimento.

Dos R$ 500 bilhões arrecadados até o momento, o governo federal recebeu R$ 331,6 bilhões, enquanto R$ 137,3 bilhões foram destinados aos governos estaduais e R$ 31,1 bilhões aos municipais, de acordo com dados do Impostômetro.

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