Imagens de câmera de segurança mostram que o homem apontado como autor da morte de Samuel Eberth de Melo, 41 anos, esteve em uma loja em Santo Antônio da Patrulha adquirindo pás, enxada, luva e lona. A compra aconteceu no dia 2 de junho, mesma data em que o empresário de Minas Gerais desapareceu.
O registro mostra que Diego Gabriel da Silva, preso preventivamente por suspeita de ter cometido o crime, comprou duas pás, uma enxada, um par de luvas e três metros de lona por volta das 15h15min daquele dia. O valor da compra somou R$ 234,20.
— Foi importante o trabalho de rua da polícia que percorreu várias lojas e encontrou essa compra suspeita vindo depois a se confirmar pois as pás foram achadas na casa do Diego, as luvas estavam junto ao corpo e corpo estava enrolado em lona — afirma o delegado Mario Souza, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa.
Chamou atenção da polícia o fato de que foi comprado três metros de lona, mesmo tamanho que estava sob o corpo de Samuel. Ele foi encontrado morto no domingo (11) em Santo Antônio da Patrulha, no município do litoral norte do Estado.
Segundo a investigação, Samuel teria vindo ao Rio Grande do Sul para cobrar do parceiro comercial o dinheiro pela venda de veículos que havia enviado de Minas Gerais. Ele teria negociado 44 carros com Diego, mas, como não recebeu o dinheiro, decidiu vir ao Estado e levar 11 dos veículos de volta a Minas. A dívida, conforme a polícia, seria de R$ 5 milhões.
Antes de sumir, o mineiro chegou a mandar mensagem de áudio para a namorada, disse que estava desconfiado porque não estava achando os carros que tinha enviado ao RS.
A delegada Marcela Ehler, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Novo Hamburgo, afirmou que foram encontradas inconsistências no depoimento de Diego, que foi preso temporariamente dois dias após o desaparecimento de Samuel — depois, a prisão foi convertida em preventiva.
A polícia também prendeu um homem apontado como comparsa de Diego. O nome deste segundo detido não foi divulgado.
GZH