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Homem ‘cresce’ de 1,65m para 1,82m com cirurgias radicais nos EUA; entenda

Homem ‘cresce’ de 1,65m para 1,82m com cirurgias radicais nos EUA; entenda
12.05.2023 10h45  /  Postado por: Mirele Caldas

Um TikToker americano viralizou nas redes sociais ao documentar uma jornada de cirurgias radicais nos ossos das pernas e tratamentos para aumentar a altura. Depois de seis meses, ele atingiu esta semana o objetivo final: “crescer” de 1,65m a 1,82m.

O homem, que se identifica como “Mr Broken Bonez” (Senhor Ossos Quebrados, na tradução para o português), passou por dois procedimentos cirúrgicos para alongar o fêmur e a tíbia.

Ele contou ao “LADbible” que decidiu se submeter às cirurgias porque queria “se reinventar” depois de ter sido reconhecido a vida inteira como um homem “baixinho”. Broken Bonez explicou ao site britânico que o procedimento envolve cortes nos ossos das pernas para que seja colocada uma haste de metal dentro delas. O TikToker admitiu que é um “processo doloroso”.

“Todos os dias você gira a chave da haste de metal fora de sua perna, o que aciona a haste interna para alongar lentamente os ossos e os músculos todos os dias”, detalhou o homem. “Depois de atingir a altura desejada, o dispositivo de metal externo é removido, e a haste interna permanece intacta até que o osso volte a crescer, então eles [os cirurgiões] a removem.”

Vídeos publicados nas redes sociais do homem mostram que o processo envolve sessões de fisioterapia e reforço muscular para que ele se adaptasse às mudanças no corpo.

O homem disse ao “LADbible” que, no início da jornada, chegou a pensar que jamais alcançaria o objetivo. Mas, agora, seis meses e 17 centímetros depois, ele diz estar “mais feliz do que nunca”.

O vídeo do processo completo de alongamento das pernas teve mais de 4,8 milhões de visualizações. Ele afirmou ter recebido várias mensagens durante a jornada — a maioria delas, de pessoas “em choque” de que isso era possível.

Procedimento é extremo

Apesar do uso cada vez maior para a finalidade estética, especialmente entre os homens, o procedimento é normalmente indicado para corrigir discrepâncias no tamanho de membros e tem riscos. Na idade adulta, essa é a única forma de ganhar alguns centímetros a mais de altura.

A técnica envolve quebrar o fêmur ou a tíbia e, com a ajuda de uma armação de metal, afastar gradativamente as duas metades do osso, forçando-o a cicatrizar mais longo do que antes.

Apesar do aumento no interesse, especialistas brasileiros afirmam que muitos pacientes desistem quando descobrem o valor e quando entendem como é a cirurgia, o quanto demora a recuperação e os riscos envolvidos.

O alongamento ósseo em si é um procedimento bem estabelecido, desenvolvido para a correção de deformidades causadas por doenças congênitas ou traumas, por exemplo. Nos últimos anos, a cirurgia ganhou apelo estético por ser a única forma de “crescer” na idade adulta.

Primeiro, é realizada uma cirurgia na qual o médico faz um corte em um dos ossos da perna (fêmur ou tíbia, mas geralmente no fêmur, pois tem maior capacidade de alongamento) e coloca um fixador, que pode ser externo, interno ou uma combinação dos dois. É o fixador, acionado diariamente pelo paciente, que tem a função de separar os ossos lentamente e causar o alongamento. A distância é de cerca de um milímetro por dia. Mas esse processo só tem início 15 dias após a operação. O corpo produz novo tecido ósseo para preencher a lacuna crescente.

Alto custo e risco

O alto custo está associado à complexidade do procedimento e demora na recuperação. Cada fixador custa cerca de R$ 40.000. Ao incluir a equipe médica, internação, medicamentos e fisioterapia, o valor inicial estimado é de R$ 100.000 e deve ser pago integralmente pelo paciente. Tanto os planos de saúde quanto o Sistema Único de Saúde (SUS) cobrem apenas os custos de alongamentos ósseos para correção de deformidades.

Além da dor e do longo período de recuperação, o alongamento ósseo envolve muitos riscos, desde aqueles presentes em qualquer cirurgia, como infecção, até os específicos. As complicações incluem embolia pulmonar, problemas de regeneração óssea, lesões vasculares, neurológicas e funcionais (limitação da mobilidade). Pode haver ainda deformação e diferença de comprimento entre as pernas.

Pacientes obesos e com problemas de coagulação têm risco aumentado. Apesar disso, a única contraindicação absoluta para a realização desse procedimento para fins estéticos é o tabagismo.

O GLOBO

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