Jorge Lemainski, chefe-geral da Embrapa Trigo, fala sobre os 50 anos da Embrapa e a importância da pesquisa
São 124 cultivares de trigo, 21 de cevada, 16 de triticale, 4 de aveia e 3 de centeio disponibilizadas para a agropecuária desde a criação da Embrapa Trigo, centro de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que completou, no dia 26 de abril, 50 anos de existência. O programa de melhoramento genético de cereais de inverno conduzido pela Embrapa tem sido determinante para o crescimento dos cultivos de inverno nos mais diversos ambientes do País e demonstra a contribuição da empresa para que o Brasil alcançasse nos últimos anos rendimentos recordes.
Com a contribuição da pesquisa, a média de produtividade em trigo cresceu 5 vezes nas lavouras brasileiras. Na safra 2022, os rendimentos variaram de 3 mil kg/ha (cultivo de sequeiro) a 10 mil kg/ha (irrigado), resultado do desenvolvimento de cultivares com ampla adaptação, estabilidade no rendimento e resistência a doenças, possibilitando assim a consolidação e expansão dos cultivos de cereais de inverno no País, bem como a redução no uso de defensivos e aumento na rentabilidade do produtor.
No início dos anos 2000, a produção de trigo atendia 30% da demanda nacional. Na safra 2022, a produção supriu 83% da demanda. Num cenário de contínuo crescimento de área e manutenção dos índices de produtividade nas lavouras, a autossuficiência em trigo poderá ser alcançada nos próximos anos.
Jorge Lemainski, chefe-geral da Embrapa Trigo, fala sobre o assunto: