Muitas pessoas entendem que o Espiritismo e o Espiritualismo falam da mesma coisa, porém, apesar de haver uma relação, cada um possui um significado específico.
Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, fala do porque não tem usado estes termos para conceituar a doutrina espírita. De acordo com o codificador do espiritismo, “para as coisas novas precisamos de palavras novas, pois assim exige a clareza de linguagem, para evitarmos a confusão inerente aos múltiplos sentidos dos próprios vocábulos. As palavras espiritual, espiritualista, espiritualismo têm uma significação bem definida”.
O espiritualismo diz respeito a ideias que divergem do materialismo, ou seja, considera a existência de algo além da matéria, e ainda, admite a existência de Deus. Por exemplo, o catolicismo acredita em Deus, mas não crê em reencarnação e espíritos. Por isso, Allan Kardec, no livro “O que é Espiritismo”, disse que “todas as religiões são necessariamente fundadas sobre o espiritualismo. Aquele que crê que em nós existe outra coisa, além da matéria, é espiritualista, o que não implica a crença nos Espíritos e nas suas manifestações”.
Já os espíritas acreditam na existência de algo além da matéria, creem em espíritos, na vida após morte, ou seja, acreditam em uma vida espiritual.
Além disso, o espiritismo apresenta as seguintes características:
- comunicação mediúnica, que tem como objetivo esclarecer e consolar os encarnados e desencarnados;
- continuidade da responsabilidade individual de cada um;
- sobrevivência do Espírito como individualidade;
- concepção tríplice do homem (Espírito, perispírito, corpo físico)
E ainda, a doutrina espírita ensina que todos nós, tanto encarnados como desencarnados, estamos em um processo de aprendizado, de evolução. E que somente, os espíritos mais evoluídos podem dar orientações.
Sobre isso e muitos outros assuntos o médium espiritualista Juarez Estevan falou no programa Giro da Notícia desta quarta-feira, 5. Acompanhe: