Sem a pretensão de ser agradável ou polido, é de drama, astúcia e liberdade que vive o Poeta Vagabundo. Protagonista e eu lírico de A Casa Cósmica, não mede palavras para opinar sobre política, religião, relações humanas e, principalmente, o senso comum – e quem decide segui-lo sem questionamentos. Para ele, a estrutura do “obedecer e ser obedecido” é inglória e quem escolhe de desgarrar da massa poderá gozar dos prazeres da vida, como o amor, humor e arte.
O poeta excêntrico criado pelo escritor gaúcho Gustavo Malagigi provoca no leitor uma miscelânea de sentimentos, que podem variar rapidamente entre alegria e aversão. O próprio título da obra faz referência a este cosmos único, ora ordeiro, ora caótico, criado pelo protagonista e no qual as críticas são feitas despreocupadamente em tons de sarcasmo, acidez e revolta, mas também com boa dose de drama, afeto e delicadeza. Ouça a reportagem: