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Ambientalistas querem evitar evento de música eletrônica no Jardim Botânico de São Paulo

O Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam)enviou ontem, 8 de fevereiro, solicitação ao Consulado do Canadá em São Paulo para evitar danos ambientais diante da realização do evento canadense Piknik Electronik no Jardim Botânico de São Paulo.

O documento foi encaminhado à Heather Cameron, consulesa geral do Canadá para o Brasil em São Paulo.

O evento de música eletrônica está previsto para 4 de março, com público esperado de 3 mil pessoas e 12 horas de duração.

Segundo o presidente do Proam, o ambientalista Carlos Bocuhy, o evento “pode causar fortes impactos à fauna local, especialmente aos ninhários de pássaros, onde o afugentamento das aves provavelmente deixaria grande número de filhotes abandonados”.

O Jardim Botânico de São Paulo abriga espécies em extinção e é descrito pelo governo paulista como tendo “diversas coleções de plantas, inclusive algumas ameaçadas de extinção, em uma área de 360 mil m² de Mata Atlântica, com 380 espécies de árvores, muitas delas utilizadas para pesquisa, e protege parte da biodiversidade paulista e brasileira”.

Para Bocuhy, o evento poderia ser realizado em outro local, mais apropriado, evitando fortes impactos ambientais à biodiversidade local. “Promover festival de música eletrônica em área protegida é como colocar o elefante na cristaleira”, ironiza Bocuhy.

Cópia do documento foi encaminhada ao Ministério Público do Estado de São Paulo, que já recebeu representação com o mesmo teor do deputado estadual Carlos Gianazzi.

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