Número de mortos em terremoto na Turquia e na Síria chega a 1.700
O número de mortes em decorrência do terremoto de 7,8 graus na escala Richter, que atingiu o sul da Turquia e o norte da Síria na madrugada desta segunda-feira (6), chega a 1.700, segundo dados oficiais divulgados pelos dois países atingidos pelo abalo sísmico.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, informou que 912 pessoas morreram e 5.385 ficaram feridas. O último balanço oficial do governo sírio registrou pelo menos 783 mortos e mais de 1.500 feridos.
O epicentro do abalo sísmico ocorreu a 26 km a leste da cidade turca de Nurdağı, que tem pouco mais de 40 mil habitantes e fica a cerca de 650 km da capital, Ancara, de acordo com o USGS (Serviço Geológico dos Estados Unidos)
O tremor surgiu a 17,9 km de profundidade, na província de Gaziantep, sudeste do país, próximo à fronteira com a Síria. O sismo ocorreu às 4h17 no horário local da Turquia (22h17 no Brasil), de acordo com o USGS.
O terremoto também deixou centenas de desaparecidos, que estão presos nos escombros dos prédios e das construções que foram destruídas. A expectativa é de que o número de mortos suba ao longo do dia.
Mais de mil prédios desabaram completamente, o que sugere um número de vítimas muito maior, informou o vice-presidente turco, Fuat Oktay.
Os abalos foram sentidos também na capital turca, Ancara, e em outras cidades. Os aparelhos registraram um sismo inicial e, logo em seguida, mais dois terremotos aconteceram na mesma região.
Segundo o vice-presidente turco, pelo menos três dos aeroportos da zona afetada, Hatay, Maras e Gaziantep, foram fechados para o tráfego. A neve e as tempestades que atingiram a região impediram a circulação em outros aeroportos, incluindo o de Diyarbakir, segundo a AFP.
Algumas imagens na televisão turca e nas redes sociais mostram pessoas assustadas, de pijama, vagando pela neve, enquanto observam equipes de resgate que vasculham os escombros de suas casas.
A emissora NTV informou que havia prédios desabados nas cidades de Adiyaman e Malatya.
Enquanto isso, a televisão estatal síria relatou o desabamento de um prédio perto de Latakia, na costa oeste do país.
A mídia pró-governo afirmou que vários prédios desabaram parcialmente em Hama, no centro da Síria, onde bombeiros e equipes de resgate tentavam resgatar um sobrevivente dos destroços.
Raed Ahmed, chefe do Centro Nacional de Monitoramento Sísmico da Síria, disse à rádio oficial que este foi, “historicamente, o maior terremoto já registrado”.
Os Capacetes Brancos afirmaram que a situação é “catastrófica” e pediram às organizações humanitárias internacionais que “intervenham rapidamente” para ajudar a população local.
Na Turquia, o ministro do Interior, Suleyman Soylu, declarou que “todas as nossas equipes estão em alerta” e pediu ajuda internacional.
O Azerbaijão, país aliado da Turquia, anunciou o envio imediato de 370 socorristas, segundo a agência oficial de notícias turca.
Estados Unidos, União Europeia e Israel também informaram o envio de equipes de emergência.
A Turquia está localizada em uma das zonas sísmicas mais ativas do mundo.
Especialistas avisam há muito tempo que um grande terremoto poderia devastar Istambul, que permitiu construções generalizadas sem precauções.
Um terremoto de magnitude 6,8 atingiu Elazig em janeiro de 2020 e matou mais de 40 pessoas. Em outubro desse mesmo ano, outro de magnitude 7 sacudiu o mar Egeu e causou 114 mortos e mais de mil feridos.
R7