Em entrevista ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha, na manhã desta sexta-feira (14), o chefe do Serviço de Pediatria do Hospital Moinhos de Vento, João Ronaldo Krauzer, respondeu a perguntas sobre a vacinação contra a covid-19. As questões foram feitas pelas próprias crianças.
O médico destacou, logo de início, que as vacinas são seguras para serem aplicadas nos pequenos, pois passam por uma série de testes e procedimentos de segurança antes de serem liberadas para a população. Ele observou que o imunizante da Pfizer foi utilizado em muitas crianças ao redor do mundo, que os efeitos adversos foram mínimos e que “ninguém morreu por tomar vacina, muito pelo contrário”.
Krauzer reforçou que a vacina ajuda o corpo a construir uma imunidade conta o coronavírus e que essa resistência não é feita imediatamente após a aplicação da primeira dose. Por isso, alertou as crianças sobre a necessidade de se construir um esquema vacinal completo e seguir com as medidas de prevenção. O médico também explicou às crianças as diferenças entre as vacinas aplicadas por injeção e por via oral (as “gotinhas”). Ele destacou que a única vacina administrada por via oral para crianças, atualmente, é a do rotavírus, pois até mesmo a primeira dose conta a poliomelite deixou de ser feita desta forma. Segundo Krauzer, a forma de aplicação depende do tipo de doença e como ela age no organismo.
A previsão é de que o primeiro lote de imunizantes para a população de cinco a 11 anos de idade chegue ao Rio Grande do Sul no início da tarde desta sexta. A vacinação começa na próxima quarta-feira (19). Em um primeiro momento, apenas as crianças com comorbidades vão receber as doses, e somente aquelas que têm mais de cinco anos, pois os estudos foram conduzidos acima desta faixa etária. O pediatra encerra falando sobre a eterna discussão se deve-se ou não começar as vacinas pelas crianças.
FONTE: GAÚCHA ZH