“Extremamente segura”, diz médico infectologista sobre vacinação contra a covid em crianças de 5 a 11 anos
O médico infectologista André Pirajá falou nesta quinta-feira (6) sobre a importância da vacinação contra a covid-19 em crianças de cinco a 11 anos e a respeito das perspectivas em relação à doença em 2022. De acordo com o especialista, a vacina autorizada no presente momento para ser aplicada nas crianças é a da Pfizer.
“Vacina extremamente segura, já aplicada em 8,7 milhões de pessoas. Desse número, apenas 12 casos foram confirmados de miocardites, que é o grande problema da vacina, que as pessoas ficam preocupadas. Apenas três desses 12 casos foram moderados e todos os 12 estão muito bem, em casa”, informou o médico.
Pirajá ainda explicou que é uma vacina segura, aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“A vacina não previne a forma grave da doença, mas que as crianças venham a ter sequelas da Covid. É uma doença que nas crianças, embora possam ter menos sintomas graves, mas quando têm, deixa sequelas graves”, ressaltou.
O médico também falou que a vacina para as crianças será diferente das doses aplicadas nos adultos.
“Ela será um terço da dose dos adultos e a coloração do frasco será diferente, cor alaranjada. O intervalo entre a primeira e a segunda dose será de 21 dias. Se o adolescente de 11 completar 12 anos nesse intervalo, receberá a dose pediátrica”, enfatizou Pirajá.
O número de casos de coronavírus tem aumentado gradativamente no Oeste Paulista. Isso, segundo o infectologista, tem a ver com as muitas sazonalidades que a doença possui.
“Era esperado isso. Esperamos que talvez, no período de inverno, ocorra um aumento no número de casos de covid, isso é possível, mas precisamos ter um controle disso. Estamos falando em possibilidades, probabilidades, não temos certeza de que isso vá acontecer, por isso, é tão importante que a população seja devidamente imunizada. É assim que vamos controlar a disseminação do vírus”, pontuou.
Oito semanas
O Ministério da Saúde adotará o intervalo de oito semanas entre as duas doses pediátricas da vacina contra a covid-19.
Segundo a bula aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as doses deveriam ser aplicadas em um prazo de três semanas. A autarquia liberou o imunizante infantil em 16 de dezembro. Entre as justificativas para a ampliação do intervalo, está a maior resposta imunológica e a escassez de doses pediátricas.
A imunização será escalonada, primeiro por prioridades e, depois, por faixa etária.
Fonte: Rádio Pampa