Comércio gaúcho já tem 624 mil empregados, e gerou 26 mil novas vagas em 2021, aponta FCDL
O comércio gaúcho conseguiu obter, após enfrentar uma série de obstáculos, um resultado consistente em 2021 e projeta um ano de 2022 de melhores perspectivas. Esse é o resumo da análise que a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul – FCDL-RS apresentou em entrevista coletiva concedida pelo presidente Vitor Augusto Koch e pelo economista e professor da Escola de Negócios da PUCRS, Gustavo Inácio de Moraes. Eles fizeram um balanço deste ano e apontaram caminhos para o varejo em 2022.
A FCDL-RS e a Escola de Negócios da PUCRS somaram esforços para produzir o levantamento que demonstrou, conforme apontou o presidente Vitor Augusto Koch, o crescimento de 3,3¨% do varejo gaúcho geral e de 5,5% no varejo ampliado, que abrange venda de veículos e de material de construção, na comparação com 2020.
Para Vitor Augusto Koch, esse desempenho pode ser considerado muito bom, mostrando a resiliência e o dinamismo do comércio gaúcho em todos os seus segmentos, mesmo tendo enfrentado restrições sanitárias por quase quatro meses neste ano e, mais recentemente, a aceleração inflacionária e a elevação da taxa de juros – salientou.
No que se refere as vendas do varejo neste 2021 por segmentos, o ano mostrou a reação do setor de tecidos, vestuário e calçados, que deve findar o ano com um incremento de 16,5% na comparação com 2020. Veículos também devem registrar crescimento de quase 14%, vindo a seguir artigos de uso pessoal e produtos farmacêuticos e médicos.
Os indicadores de emprego no varejo do Rio Grande do Sul também reagiram neste ano na comparação com 2020. Até o final de outubro, foram criados mais de 26 mil novos postos de trabalho no comércio estadual, totalizando um crescimento de 4,2% ao longo do ano. Atualmente, o comércio responde por quase 24% do total de trabalhadores formais no RS, totalizando 624 mil colaboradores atuando no setor. A FCDL-RS e a Escola de Negócios da PUCRS projetam que o ano de 2022 vai trazer novos desafios para o comércio gaúcho. O primeiro é a combinação de pressões inflacionárias e o aumento da taxa de juros. A aceleração inflacionária ocorre em função de eventos como a seca e sua consequente crise hídrica e a interrupção das cadeias globais de produção, como consequência das dificuldades logísticas, e também pelo repasse de preços de matérias-primas afetadas pelo câmbio. O presidente da FCDL comenta como o comércio do interior está enfrentando a concorrência das vendas on-line. O pagamento pelo PIX também facilitou as vendas no comércio, destaca Vitor Koch.
Em 2022, ano de eleições para Presidente e Governador, o presidente da FCDL espera medidas concretas que fomentem a economia.
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