O mirtilo é uma fruta originária do Norte da Eurásia e da América do Norte. Estudos apontam que a pequena fruta de cor azulada possui uma grande quantidade de antioxidantes, dado a presença de compostos como flavonóides, taninos e ácidos fenólicos, bem como propriedades anti-inflamatórias. A cultura ainda é pouco difundida na região do Alto Jacuí, mas um grupo de pesquisadores do IFRS Campus Ibirubá e da Coopeagri quer mudar essa realidade em breve.
Um estudo conduzido pela Professora Doutora Bruna Dalcin Pimenta em parceria com a Cooperativa de Pequenos Agropecuaristas de Ibirubá está analisando as condições de produção do mirtilo em quatro diferentes locais na região, sendo um campo experimental na área agrícola do Campus Ibirubá. Inicialmente, o projeto visa a identificar o melhor percentual de irrigação em campos com duas cultivares de mirtilo diferentes, como explica a professora Bruna.
O bolsista João Henn aluno do curso de Agronomia do Campus Ibirubá, explicaram que o mirtilo só se desenvolve plenamente com irrigação, então estão trabalhando em um experimento que analisa a produção, peso, tamanho da fruta e doçura de acordo com quatro percentuais diferentes de irrigação.
Tamara Gysy, aluna do curso disse que ideia é que os produtores possam alcançar o melhor desenvolvimento da planta com o percentual adequado de água, sendo economicamente mais viável e sustentável.
Ainda pensando na questão econômica, a bolsista Tais Dierings, também do curso de Agronomia, detalha outro projeto: o qual busca maneiras mais eficientes de produzir mudas do mirtilo na própria propriedade dos agricultores, o que diminuirá os custos de manutenção do pomar. Tais ainda destaca que a cultura pode se adaptar à região do Alto Jacuí e ser uma boa alternativa para pequenos produtores, dada a grande produção em um espaço pequeno de terra.
O projeto já está em andamento há cerca de um ano e meio e não tem prazo de término, sendo fomentado pela FAPERGS e pela Coopeagri. Quem quiser conhecer mais detalhes dessa iniciativa pode acompanhar o perfil do Instagram do projeto: @mirtilo_ifrs.
FONTE E FOTO: ASCOM IFRS IBIRUBÁ