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Região Botucaraí é a segunda em redução da mortalidade infantil entre 2010 e 2019

Entre 2010 e 2019, a Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) do Rio Grande do Sul apresentou uma queda de 5%, passando de 11,2 para 10,6 a cada mil nascidos vivos. O declínio no período analisado se deu, principalmente, por conta da redução nos óbitos das crianças entre 28 e 364 dias, que caiu de 3,7 para 3 a cada mil nascidos vivos. Na mortalidade neonatal, de crianças entre zero e 27 dias, a taxa oscilou de 7,5 para 7,6 por mil nascidos vivos.

O panorama sobre a mortalidade infantil no Estado pelas suas Regiões de Saúde foi divulgado nesta quarta-feira (23/6) pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG).

Conforme o recorte do estudo, na comparação com outros Estados do país, o Rio Grande do Sul ocupa a quarta posição no ranking das menores taxas de mortalidade infantil em 2019, atrás apenas do Distrito Federal (8,5 por mil), Santa Catarina (9,6 por mil) e Paraná (10,3 por mil). A média nacional no último ano analisado era de 12,4 por mil nascidos vivos.

Os números de 2019, apesar de representarem uma queda na comparação com o primeiro ano pesquisado, tiveram uma alta em relação a 2018, quando o indicador registrou a mínima histórica de 9,8 por mil nascidos vivos no Estado.

“O acompanhamento da taxa de mortalidade infantil pode ser entendido como oportunidade para o desenvolvimento de estratégias preventivas direcionadas à redução do risco de óbito no primeiro ano de vida, por meio de políticas públicas relacionadas à saúde das crianças”, explica a pesquisadora do DEE Marilyn Agranonik, responsável pela elaboração do estudo.

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Mortalidade infantil por região

Entre as 30 Regiões de Saúde do Rio Grande do Sul, a Entre Rios, que abrange municípios como Santiago e Cacequi, apresentou a menor TMI do Estado (6,4 por mil nascidos vivos), seguida da Botucaraí, de cidades como Soledade e Barros Cassal, com 6,6 por mil, e Uvas e Vales, de Farroupilha e Bom Princípio, com 7 por mil.

Na ponta de baixo do ranking, as regiões com maiores taxas de mortalidade infantil foram as do Pampa, que engloba cidades como Bagé e Dom Pedrito (16,6 por mil), Bons Ventos, que inclui Tramandaí e Santo Antônio da Patrulha (15 por mil), e Campos de Cima da Serra, de Bom Jesus e Vacaria (14,5 por mil).

Entre as observações do estudo está a alta na TMI nas regiões que apresentavam as menores taxas em 2010, como em Saúde Vale da Luz, que engloba cidades como Estrela e Taquari (de 7,4 por mil em 2010 para 9,6 por mil em 2019), Carbonífera, que inclui Arroio dos Ratos e Butiá (de 7,9 para 8,5 por mil), e Santa Cruz do Sul (de 8,4 para 12,5 por mil).

Nas Regiões de Saúde das cidades mais populosas do Rio Grande do Sul, a de Porto Alegre, passou de 11 para 10,1 por mil nascidos vivos entre 2010 e 2019. A região que inclui Caxias do Sul passou de 12,4 para 10,3 por mil e a de Pelotas, de 13,6 para 12,8 por mil nascidos vivos.

Neonatal e pós-neonatal

Ao dividir os componentes da Taxa de Mortalidade Infantil, o estudo do DEE indica a perda de posições do Rio Grande do Sul ao se analisar apenas a mortalidade infantil neonatal, de crianças entre zero e 27 dias. Entre 2010 e 2018, o Estado se revezava com Santa Catarina entre o primeiro e o segundo lugar entre as unidades da federação com menores taxas, mas os números de 2019 (7,6 por mil nascidos vivos) levaram a uma queda para a oitava posição, atrás do Distrito Federal, Santa Catarina, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rondônia e Tocantins.

Em relação à mortalidade pós-neonatal, de crianças entre 28 e 364 dias, o Estado tem a terceira menor taxa do país (3 por mil), empatado com o Paraná e atrás do Distrito Federal e de Santa Catarina. Em ambos os casos, o Rio Grande do Sul continua com números melhores do que os da média nacional, que é de 8,6 por mil nascidos vivos (neonatal) e 3,8 por mil nascidos vivos (pós-neonatal).

“Os resultados são um alerta para uma possível mudança de tendência nas taxas de mortalidade infantil e seus componentes, mas é necessária uma análise por um período maior de tempo para que se possa verificar se esses aumentos serão mantidos ou se serão apenas oscilações ocasionais”, conclui Marilyn.

• Clique aqui e confira o estudo completo.

• Confira a apresentação do estudo.

• Clique aqui e confira o vídeo com a pesquisadora.

 

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