O vice-presidente da República, General Hamilton Mourão, palestrante da segunda edição do Seminário Juntos para Recomeçar, promovido pela Assembleia Legislativa gaúcha na manhã desta sexta-feira (31), lamentou a gravidade do momento que o país atravessa, com a perda de milhares de brasileiros e brasileiras em decorrência da Covid-19, mas demonstrou otimismo com o futuro e destacou as ações do governo federal para enfrentar “a difícil conjuntura que vivemos”.
Referiu a presença do presidente Jair Bolsonaro em Bagé, nesta sexta-feira, e saudou com entusiasmo as lideranças empresariais e políticas reunidas pela Assembleia Legislativa para debater o futuro. Ao lado de ações para recompor a economia, Mourão coloca o compromisso do país com padrões de sustentabilidade ambiental e em preservar a Amazônia e seu patrimônio e punir severamente sua destruição. Como estrategista militar e lembrando do seu período como comandante Militar do Sul, fez uma retrospectiva da “necessidade de despertar para a luta patriótica”, como refletia na época da campanha eleitoral, o que resultou na conquista do poder central equilibrado na luta contra a corrupção e a insegurança pública, de um lado, e a busca de novas oportunidades com o resultado dos impostos.
Mourão avaliou que apesar das dificuldades naturais ao se iniciar um projeto de governo, em 2019 os avanços com a aprovação da reforma da previdência foram um “resultado significativo na esfera econômica, com o governo atingindo seu principal objetivo”. Em seguida o objetivo são as reformas tributária e administrativa, “os três pilares para que o Brasil possa ter equilíbrio fiscal, aumentar produtividade, atrair investimentos e entrar em crescimento sustentável”.
O Brasil ficou na quarta posição em destino mundial de investimentos estrangeiros em 2019, “comparado com o PIB ficamos em segundo lugar, perdendo apenas para Singapura”, informou o vice-presidente, registrando ainda a finalização das negociações do acordo Mercosul e União Europeia, a queda da taxa de juros em seu menor nível, 2,25% ao ano, “abrindo espaço para que o crédito chegue mais barato para empresas e consumidores”, e ainda o avanço em concessão de ativos à iniciativa privada e medidas para desburocratização do estado. E neste ano, mesmo com os graves impactos da Covid-19 e da turbulência no cenário internacional decorrente da disputa geopolítica entre EUA e China, o vice-presidente mantém o otimismo e aponta “resultados expressivos que renovam nossa confiança em rápida recuperação da economia”, mostrando que a corrente comercial brasileira permaneceu inalterada, comparado o primeiro semestre de 2020 com o mesmo período de 2019, “isso é exceção entre economias do G20”, garantiu.
A solidez da indústria nacional e o agronegócio estratégico para a segurança alimentar do planeta, segundo Mourão, voltam as atenções do mundo para o país e será preciso uma adaptação a essa realidade. E nesse ponto o compromisso é com “as melhores práticas de governo, incluindo a preservação do patrimônio nacional, a Amazônia, e punição rigorosa de quem promove a destruição desse patrimônio inalienável”, antecipando que no âmbito do Conselho Nacional da Amazônia Legal, da qual é presidente, “estamos buscando implementar modelo de desenvolvimento para a Amazônia que aproveite as potencialidades regionais e promova a utilização de tecnologias ambientalmente sustentáveis favorecendo iniciativas em linha com a chamada economia do conhecimento”, alinhando as potencialidades regionais e inovação não apenas para a Amazônia mas para as demais regiões do Brasil.
A reportagem é de Fabiane Barbosa Moreira.
FONTE E FOTO: ASCOM AL RS