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10 regiões permanecem em vermelho e 5 voltam para a bandeira laranja no RS

Após analisar os 63 pedidos de reconsideração de municípios e associações regionais, o governo do Estado divulgou, nesta segunda-feira (13/7), o mapa definitivo da décima rodada do Distanciamento Controlado. São 10 regiões em bandeira vermelha (alto risco epidemiológico) e as outras 10 com laranja (risco médio), vigentes a partir da 0h desta terça (14/7) até as 23h59 da próxima segunda-feira (20/7).

Das 15 regiões preliminarmente classificadas com a cor vermelha, 11 apresentaram recursos e, destas, cinco tiveram os pedidos acatados – Cruz Alta, Erechim, Santa Cruz do Sul, Santa Rosa e Santo Ângelo – e permanecerão na laranja, ou seja, com menos restrições à circulação e atividades econômicas.

As regiões de Cachoeira do Sul, Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Palmeira das Missões, Passo Fundo e Taquara tiveram os pedidos de reconsideração indeferidos por apresentarem um quadro mais grave nos indicadores de propagação de coronavírus e capacidade de atendimento em saúde. Com isso, ficarão com bandeira vermelha nesta rodada.

Somam-se a elas Porto Alegre, Canoas, Capão da Canoa e Pelotas, que já haviam sido classificadas com alto risco na semana anterior e não poderiam ter regressão na bandeira.

O mapa com a classificação de todas as regiões e os respectivos protocolos recomendados podem ser acessados em https://distanciamentocontrolado.rs.gov.br.

O governador Eduardo Leite, em transmissão ao vivo pelas redes sociais nesta segunda-feira (13/7), lembrou que o governo do Estado, desde a implantação do Distanciamento Controlado, trabalha para equilibrar a proteção à vida e à saúde dos gaúchos e preservar ao máximo os empregos e a qualidade de vida da população.

“Não há solução fácil, e temos sido pressionado de todos os lados por aqueles que acham que devemos fechar tudo e por aqueles que acham que devemos abrir tudo. Optamos pelo caminho de ponderação e temos segurança, e nossos números comprovam que o Estado poupa vidas e poupa ao máximo os gaúchos do desemprego, conciliando as duas frentes”, alertou Leite.

Ao responder questionamentos da imprensa, o governador ainda falou sobre a possibilidade de o RS adotar lockdown, algo que vem sendo requisitado e rejeitado por diferentes setores, por diferentes motivos.

“Só partimos para medidas mais restritivas à circulação de pessoas quando isso se apresentar como inevitável, mas não deixamos ou deixaremos de tomá-las quando se fizerem necessárias. Não temos medo de optar pelo lockdown, mas não o faremos, visto que estaríamos impondo um sacrifício maior do que o necessário aos gaúchos e gaúchas, que perderão muito se chegarmos a esse ponto”, afirmou Leite.

A coordenadora do Comitê de Dados, Leany Lemos, acrescentou que o governo tem analisado as diferentes informações, tanto sobre o sistema de saúde, com relação ao aumento de casos, do contágio e das internações em cada região, mas também a questão da redução da atividade econômica, com impacto especialmente nos empregos.

“O modelo do Distanciamento Controlado é um sistema que tenta conciliar essas duas áreas e é uma alternativa a soluções radicais, como o lockdown completo ou o abre tudo. Até o momento, o RS tem tido um bom resultado e tem uma situação menos dramática que os outros Estados. Se as restrições colocadas até agora, com várias regiões em bandeira vermelha, não funcionarem, aí sim teremos de partir para algo mais restritivo. Mas é importante reforçar que o que a gente faz importa, tanto individualmente quanto as empresas, para que a coletividade seja protegida”, afirmou Leany.

Regra 0-0

Depois da análise de recursos, o Estado tem 10 regiões em bandeira vermelha, que somam 286 municípios, o que corresponde a 73% da população gaúcha (8.270.737 habitantes).

Dessas 286 cidades, 149 não tiveram registro de hospitalização e óbito por Covid-19 de morador nos 14 dias anteriores ao levantamento – equivalente a 8,4% da população gaúcha (948.002 habitantes). Esses municípios se adequam à chamada Regra 0-0 e podem adotar protocolos previstos na bandeira laranja por meio de regulamento próprio.

Basta que mantenham atualizados os registros nos sistemas oficiais e adotem, por meio de decreto, regulamento próprio, com protocolos para as atividades previstas na bandeira laranja.

Alteração na trava de segurança

O município de Pelotas encaminhou pedido para uma reavaliação do critério que impõe, de maneira automática, uma semana adicional na bandeira vermelha para as regiões que tiverem duas classificações de alto risco nos últimos 21 dias.

Com esse recurso acolhido pelo Gabinete de Crise, a região que apresentar melhorias consistentes, tanto no controle sobre o avanço da doença como na estrutura de atendimento hospitalar, poderá ter a reconsideração da trava de segurança, em casos especiais, sem a necessidade de permanecer automaticamente na cor vermelha. A alteração valerá a partir da 11ª rodada do mapa.

Mudança nos protocolos

A pedido de diversas regiões, foi feita uma mudança no protocolo da bandeira vermelha para o funcionamento do comércio varejista não essencial, passando a ser autorizado os formatos pegue e leve (take away) e o drive-thru, além do e-commerce que já estava permitido.

“Diante da situação que temos observado com um início de estabilização das internações e pelo aumento de regiões em vermelha, vemos como uma maneira de preservar economia sem aumentar muito o risco à população”, disse o governador.

RECURSOS DEFERIDOS (5)

Regiões classificadas previamente em vermelho que permanecerão na laranja:

Municípios:

RECURSOS INDEFERIDOS (6)

Regiões:

Clique aqui e acesse o levantamento da décima rodada do Distanciamento Controlado revisto com os pedidos de reconsiderações.

Fonte e foto: Ascom Governo RS

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