Sete profissionais do SAMU de Carazinho estão com Covid-19
O coordenador do Serviço Móvel de Urgência – SAMU de Carazinho, Cleverson Metzdorf, confirmou que sete dos 23 profissionais do serviço estão com Covid-19. Conforme o enfermeiro, três necessitaram de internação, sendo que um já teve alta e outro acabou transferido para um hospital de referência em Passo Fundo. Os demais tiveram sintomas mais leves e estão cumprindo isolamento domiciliar. A expectativa é que nos próximos dias alguns já possam retornar ao trabalho.
Metzdorf esclareceu que várias podem ser as formas de contágio, e uma delas é justamente o contato com os pacientes confirmados, já que o SAMU é responsável pelas transferências de pacientes para os hospitais de referência.
“Tivemos períodos complicados de transferência de pacientes. Chegamos a emendar uma na outra. A gente vê que os profissionais da saúde que estão na linha de frente também acabam contaminados, como ocorre em todo mundo. Com o nosso SAMU não foi diferente”, destacou.
O enfermeiro mencionou que desde o início da pandemia, os profissionais do serviço estão trabalhando ainda mais aparamentados que o comum, inclusive com macacões específicos, para evitar o contato com o coronavírus.
“É um vírus de fácil contaminação. Os profissionais já usam mais proteção e mesmo assim houve contágio. Mas esta é apenas uma das portas possíveis de contágio. Temos vida fora do trabalho também, onde é possível ter contato. Além disso, na base ficam de cinco a seis pessoas por turno e fizemos uso destas dependências. É mais fácil pegar”, comentou.
Em virtude da baixa momentânea na equipe, a escala de plantão precisou ser alterada e a secretaria da Saúde cedeu um motorista.
“As pessoas que permaneceram tiveram de realizara alguns plantões a mais e conseguimos reajustar. Em nenhum momento ocorreu baixa no serviço. Conseguimos manter o atendimento normalmente”, garantiu.
Sobre a demanda atendida pelo SAMU, o coordenador disse que nesta época há diminuição dos chamados, fora as questões envolvendo a Covid-19. No período mais frio, entre maio e setembro o número de atendimentos cai. Mesmo assim, os profissionais acabam sendo acionados mais para casos clínicos, especialmente os que tem relação com problemas respiratórios e cardiovasculares.
Fonte e foto: Diário da Manhã