Prefeito de Porto Alegre prevê retorno do futebol entre final de 2020 e início de 2021: “Estou bastante cauteloso”
Em entrevista ao programa Domingo Esporte Show, da Rádio Gaúcha, o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, explicou de que forma os clubes poderão retomar as atividades na próxima semana. De acordo com decreto assinado por ele, as medidas de distanciamento social poderão ser flexibilizadas a partir desta terça-feira (5).
— O texto de liberação se refere a atletas profissionais contratados pelos clubes. Evidentemente que isso pega poucos clubes em Porto Alegre, como: Inter, Grêmio, São José, provavelmente Sogipa e outro clube social. É um número reduzido, mas temos de convir que são entidades que representam cidade e Estado em várias competições, tem grandeza. Em segundo lugar, eles têm profissionais da área da saúde que são muito qualificados e não temos expectativa que de eles desobedeçam as regras de saúde no que se refere aos cuidados com atletas e preparadores físicos. Terceiro, é importante deixar claro que é para condicionamento físico. Ou seja, atividades de contato físico, como partidas de futebol em si, judô, jiu-jitsu, não está autorizado — diz Marchezan.
Contudo, o prefeito porto-alegrense fez questão de ressaltar que, pelos números avaliados, as competições só devem ser retomadas entre o final de 2020 e início de 2021 na Capital.
— Não me parece que haverá, de alguma forma, talvez nem nesse ano, mas se ocorrer vai ser mais para o fim do ano o reinício de atividades competitivas que exijam contato físico. Não me parece que seja uma realidade breve — analisou.
A cautela citada por Marchezan leva em consideração o alto nível de contágio da doença, apesar de parecer controlada no Rio Grande do Sul (se comparada a outros Estados).
— É tudo muito novo. São muitos boatos e algumas orientações científicas, que estamos seguindo. Então, eu diria que, sim, estou bastante cauteloso. Não sou especialista em futebol, mas são 22 pessoas, em uma atividade de alto contato, com transpiração, onde a troca de gotículas salivares não é recomendável para a proteção dos próprios atletas. Mas, cada agonia no seu dia. A gente tem tido bons resultados do ponto de vista comparativo. Temos uma estrutura que hoje é suficiente para atender a demanda, mas vamos atualizando. Não vou ser definitivo — concluiu ele.
FONTE E FOTO: GÁUCHA ZH