Leite reafirma que professores só tiveram perdas com o atual plano de carreira
Em um encontro nesta quinta-feira (28/11), no Palácio Piratini, o governador Eduardo Leite recebeu jornalistas de diversas empresas de comunicação gaúchas para esclarecer dúvidas sobre a Reforma RS e explicar pontos específicos das medidas que visam modernizar as carreiras do funcionalismo e aplicar as novas regras previdenciárias aprovadas pelo Congresso.
Para ajudar no esclarecimento à população por meio da imprensa, foram entregues duas cartilhas, uma em que são detalhados os projetos encaminhados à Assembleia Legislativa e outra com perguntas e respostas, especialmente envolvendo os servidores, sobre as mudanças propostas.
O foco da conversa foi o projeto que moderniza a carreira do magistério, alvo das dúvidas mais frequentes e das maiores divergências. “Em primeiro lugar, quero refutar a afirmação de que ‘os professores estão pagando a conta’. Não é verdade. Na reforma que estamos propondo, o aporte, ou seja, a despesa com o magistério, a maior, será de R$ 915 milhões nos próximos 10 anos. Isso porque estamos colocando uma remuneração em forma de subsídio, tirando o estorno do vale-refeição, que era uma demanda da categoria, e concedendo aumento no abono família. São fórmulas utilizadas pelo governo para conseguir dar um aporte para quem ganha menos”, explicou Leite.
Conforme o governador, 13 mil vínculos do magistério que recebem até R$ 3 mil terão aumento no abono família e, dos 36,8 mil servidores beneficiados com a isenção do vale-refeição, 23,6 mil são professores.
Quanto à necessidade de mudar a legislação que rege os professores estaduais, Leite ressaltou que o atual Estatuto do Magistério Público está em vigor desde abril de 1974 e jamais passou por uma efetiva atualização, portanto, já não reflete as exigências atuais da categoria e impede o Estado de implementar uma política de valorização e de estímulo aos educadores gaúchos.
A reportagem é de Eduardo Leães, da Rádio Agert.