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Geral

Com 57 mortes em 2018, BR 386 espera duplicação para diminuir este número e crescer

17.11.2019 10h56  /  Postado por: Roger Nicolini

O apelido de Estrada da Morte, que persegue a BR-386 há décadas, ainda assombra os motoristas. Ao ceifar 57 vidas, foi a rodovia federal que mais matou no Estado em 2018, segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT). De janeiro a outubro deste ano, já foram 59 vidas perdidas somente no trecho concedido à CCR Via Sul, dos quais 44% nos quilômetros de pista simples.

Em Fontoura Xavier, na madrugada de 19 de abril, uma colisão matou seis pessoas, cinco da mesma família. O acidente aconteceu quando um Tempra invadiu a pista contrária e atingiu, de frente, o Corsa ocupado pelos Dalla Vecchia. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) lembra que a estrada favorece esse tipo de colisão, altamente letal.

— A divisão entre as pistas praticamente eliminaria as batidas frontais, por isso é tão necessária. A duplicação é importante, também, porque aumenta o espaço de tráfego, diminui as filas e, consequentemente, reduz as batidas traseiras — diz Felipe Barth, chefe da Comunicação Social da PRF no Rio Grande do Sul.

A reboque da duplicação virão viadutos, rótulas, retornos e vias laterais, obras que reduzem a incidência de choques transversais, aqueles em que o veículo é atingido quando atravessa a pista principal. Sem falar, claro, da implantação de passarelas e faixas de pedestres. A inexistência de travessia para pessoas entre Carazinho e Lajeado obriga a comunidade a se arriscar entre os carros.

— Ou seja, a duplicação traz mais segurança para todos — complementa o policial.

Sobre os demais trechos, Barth alerta, principalmente, para o elevado fluxo de veículo e de pessoas, além da inexistência de barreira física entre Tabaí e Canoas.

Mas não é só segurança que a duplicação oferece. Com ela, vem o potencial de crescimento econômico. Conforme o presidente da Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas do Estado (Fetransul), Afrânio Rogério Kieling, o custo logístico no Rio Grande do Sul chega a 25% do Produto Interno Bruto (PIB), quando não deveria passar de 7%.

– Aqui, para fazer uma operação, gasta-se mais tempo, caixa de marcha, pneu e diferencial (dispositivo de tração). Em, alguns países, o custo logístico é de 8%. A duplicação de estradas melhora a economia de uma região – diz.

O título de Rodovia da Produção, mais um dos epítetos que recebeu, não é em vão. Paulo Menzel, presidente da Câmara Brasileira de Logística e Infraestrutura, assegura que a BR-386 é a única rodovia do Estado que tem interferência econômica em todos os 497 municípios gaúchos.

 Só isso já mostra o tamanho da sua importância e o quanto é necessária sua duplicação para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul – afirma.

Para Ricardo Portella, diretor da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), a duplicação vai aumentar a velocidade média dos caminhões, reduzir os acidentes, baratear o custo do transporte e aumentar a competitividade dos produtores.

Bases operacionais

São onde ficam os 29 veículos de apoio médico e mecânico que atuam na rodovia. São seis ambulâncias de atendimento pré-hospitalar, duas UTIs, nove guinchos, sete veículos de inspeção de tráfego, dois caminhões-pipa, dois caminhões-boiadeiro e um munck.

Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU)

Pontos com informações, banheiros, fraldários e totens que permitem interação do usuário com a concessionária. Equipamento possibilita contato com o Centro de Controle Operacional para solicitação de informações e auxílio.

Serviços prestados

Haverá sete pontos com bases operacionais ou SAUs. As estruturas definitivas entrarão em operação até agosto de 2020. Por enquanto, são provisórias.

Praças de pedágio

Os quatro pedágios entrarão em funcionamento até fevereiro. A cobrança será em ambos os sentidos a R$ 4,40 para veículos de passeio.

Balança

Sistema que identifica peso excedente. Nestes locais será possível fazer o transbordo de cargas. O peso bruto total que a rodovia comporta é de 74 toneladas. Acima disto, é preciso autorização especial de transporte. Os locais onde serão instaladas as duas balanças ainda serão definidos.

Duplicação e readequações

Até 2036, os 264 quilômetros entre Carazinho e Canoas, trecho administrado pela CCR Via Sul, precisam estar duplicados ou readequados. Hoje, 164 quilômetros ainda são de pista simples.

Passarelas

As 18 travessias de pedestres ficarão em 12 cidades. Todas devem ser construídas entre 2021 e 2030.

Fonte e foto: Gaúcha ZH

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