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Maioria dos deputados gaúchos irá votar a favor da reforma da Previdência

Mais da metade dos deputados federais do Rio Grande do Sul afirmou que irá votar a favor da reforma da Previdência.  

Confira as justificativas:

A FAVOR

Afonso Hamm (PP)
Ao justificar o voto, Hamm cita a aprovação de uma emenda de sua autoria, que garante a manutenção de critérios atuais para a aposentadoria rural, e a retirada do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e da capitalização, propostos pelo governo. O deputado disse que vai pleitear algumas mudanças no texto em plenário, como o retorno de Estados e municípios para dentro da reforma.

Alceu Moreira (MDB)
Moreira afirma que a reforma é “absolutamente necessária” para que o Brasil retome o crescimento e a geração de emprego. O parlamentar entende que não existe mais tempo por ressalvas e que “o melhor texto é o que foi possível construir”.

Bibo Nunes (PSL)
Nunes afirma que o texto que será colocado em votação não é o ideal, mas entende que a reforma vai “mudar o Brasil”, com a “juventude empregada” e com retomada da “credibilidade internacional”.

Carlos Gomes (PRB)
Gomes afirma que a reforma vai provocar a retomada da economia. O parlamentar também cita a elevação da expectativa de vida da população e o esforço na busca pela geração de emprego como justificativa do voto favorável ao texto.

Daniel Trzeciak (PSDB)
O parlamentar afirma que a reforma é importante para o país atrair investimentos e gerar mais emprego. Ele entende que a reforma coloca todo mundo “debaixo do mesmo guarda-chuva”. Trzeciak afirma que vai trabalhar para tentar incluir Estados e municípios no texto.

Danrlei de Deus (PSD)
Danrlei diz que tende a votar favoravelmente em razão da “necessidade do país”. O parlamentar diz que prefere que “cada um perca um pouco” agora ao invés de um cenário futuro onde os que mais precisam do benefício sejam penalizados.

No início da tarde desta terça-feira (9), ele destacou que estava terminando de ler o texto para ter um posicionamento mais concreto.

Darcísio Perondi (MDB)
Perondi afirma que a reforma combate os privilégios e é fundamental. O deputado entende que o saldo da mudança em 10 anos é boa e vai impactar favoravelmente na retomada da economia.

Giovani Feltes (MDB)
O deputado afirma que o Brasil está em desequilíbrio fiscal e precisa se reencontrar para “reverter a lógica” e começar a crescer, gerar emprego e renda. Feltes deixou claro que pode repensar seu voto caso o governo tente mudar algum ponto do texto em plenário, fazendo “proselitismo político-eleitoral”.

Jerônimo Goergen (PP)
O parlamentar afirma que o problema das contas públicas precisa ser resolvido por a retomada da economia. Goergen entende que a Previdência não pode continuar com o “rombo” atual, pois esse fator coloca em risco toda a população, inclusive quem já recebe o benefício. Ele também vai trabalhar para incluir Estados e municípios na proposta.

Liziane Bayer (PSB)
A deputada vota favorável ao texto-base e ainda avalia os destaques. Defende a aprovação do destaque que inclui Estados e municípios e avalia a questão envolvendo professores e policiais.

Lucas Redecker (PSDB)
O deputado acha que a questão da reforma é essencial para que os vencimentos sejam pagos em dia.
— A discussão não é ser contra ou a favor da reforma, mas se as pessoas querem receber aposentadoria no futuro com o déficit previdenciário que nós temos. A tendência, se manter como está, é que ninguém, em um futuro próximo, receba aposentadoria — declarou.

Maurício Dziedricki (PTB)
O deputado do PTB afirma que depois da comissão especial, com as reformas feitas no texto-base, ela está adequada. Na opinião dele, é necessário ter impacto na vida de todo o brasileiro, “em risco de ter quebras nesse contrato”.

Marcel Van Hattem (Novo)
O deputado, que lidera o partido Novo na Câmara dos Deputados, está alinhado com o governo Bolsonaro na proposta.

— Votarei a favor para fortalecer o combate ao déficit fiscal, reduzir privilégios e dar perspectiva de crescimento econômico, única forma do Brasil voltar a crescer e debater as demais reformas que o país precisa — afirmou o parlamentar.

Marcelo Moraes (PTB)
Assim como Dziedricki, o deputado considera que as mudanças na comissão especial foram necessárias para aprovar a proposta.

— O relatório aprovado já superou boa parte dos problemas da Previdência, no relatório, e iremos trabalhar em plenário para ver no que mais conseguimos avançar, como o trabalho intermitente e os 80% melhores salários (média pela qual se calcular o valor da aposentadoria) — afirmou.

Marlon Santos (PDT)
Apesar de o PDT ter fechado questão contra a reforma, o ex-presidente da Assembleia Legislativa comemora as alterações feitas no projeto.

— Do jeito que está, eu voto a favor. Eu pedi que não fizesse capitalização, que o produtor rural ficasse de fora, as pessoas da segurança também, que o BPC (Benefício de Prestação Continuada) tivesse a regularidade com o salário mínimo… Tudo foi atendido. Então, eu voto a favor — declarou.

Nereu Crispim (PSL)
O deputado vai cumprir a orientação da base do governo e defender o projeto de Jair Bolsonaro. 

É a única maneira de a economia voltar a ter um direcionamento, voltar a crescer novamente. O presidente Bolsonaro teve coragem de pegar junto. Minha única ressalva é que deveriam entrar os Estados e municípios. Tem de ser uma reforma para todos — afirmou.

Onyx Lorenzoni (DEM)
O deputado e atual ministro da Casa Civil afirmou, no final da tarde desta terça-feira (8), que irá trabalhar para votar o texto-base e derrubar os destaques.

Pedro Westphalen (PP)
O deputado do PP considera que a reforma é importante por ser uma política de Estado, não de governo.

— A reforma não é de um governo, é para o Brasil. A nova Previdência é o inicio de um novo país — afirmou.

Ronaldo Santini (PTB)
Assim como os demais parlamentares do PTB, Santini declara apoio à reforma, desde que com alterações.

— Vamos votar a favor e tentar ainda uma emenda de minha autoria que tenta incluir os municípios e Estados, além da questão da segurança pública. Defendo a igualdade para as categorias da segurança pública, que todos sejam tratados de forma isonômica. Vou brigar para melhorar, mas votar favorável — afirmou.

Ubiratan Sanderson (PSL)
Vai votar integralmente a favor do relatório do deputado Samuel Moreira aprovado na comissão, assim como também será favorável ao destaque do Podemos sobre regra de transição para policiais federais e policiais rodoviários federais nos mesmos termos das regras concedidas aos militares.

CONTRA

Afonso Motta (PDT)
O parlamentar entende que a reforma não respeita a dignidade humana e os direitos dos trabalhadores. Motta afirma que esses dois pontos são mais importantes do que o ajuste fiscal. Ele entende que a economia prevista pela proposta retira recursos dos integrantes do regime geral da Previdência que precisam mais da aposentadoria.

Bohn Gass (PT)
O deputado afirma que a reforma vai dificultar a aposentadoria dos trabalhadores, e quem conseguir efetuar o processo “vai se aposentar mal”. Ele cita o tempo de contribuição e a idade mínima para justificar esse argumento.

Fernanda Melchionna (PSOL)
A deputada diz que a reforma exclui “milhões de pessoas da Previdência Social”, com aumento do tempo de contribuição. Ela afirma que muitas pessoas não vão conseguir se aposentar, principalmente os mais pobres, com os critérios previstos. Melchionna entende que a reforma penaliza ainda mais as mulheres.

Heitor Schuch (PSB)
Schuch afirma que a reforma vai “atrasar a aposentadoria de muitos”, diminuir o valor do benefício de forma considerável e provocar o retorno ao período de meio salário mínimo de pensão. Ele entende que os “aposentados do futuro serão ainda mais descapitalizados dos que os de hoje” com as novas regras.

Henrique Fontana (PT)
Fontana afirma que a proposta “corta profundamente” pensões e aposentadorias dos mais pobres, com cortes que variam de 15% até 85% no valor das aposentadorias.

Marcon (PT)
Assim como os demais deputados do PT, Marcon é contrário ao projeto e critica o que considera privilégios aos mais ricos.

— Em primeiro lugar, não vai tirar privilégios de ninguém. Segundo, não cobra a dívida de quem deve para a Previdência. E quem vai pagar a conta são os trabalhadores e os pobres, inclusive na questão da pensão por morte. A pessoa que ficar viva vai receber menos do que a metade de um salário mínimo. Essa reforma ataca diretamente os trabalhadores do regime geral, e os agricultores, pescadores, índios e negros, que serão pegos pela pensão por morte — declara.

Maria do Rosário (PT)
A deputada petista critica a “penalização” a trabalhadores que ganham menos de dois salários mínimos e a falta de uma agenda econômica de crescimento do governo Bolsonaro.

— Não é possível penalizar ainda mais trabalhadoras e trabalhadores. 80% do sacrifício sai da população que ganha até dois salários mínimos, enquanto bancos irão lucrar ainda mais com planos privados. Falta agenda de geração de empregos para o Brasil — afirma.

Paulo Pimenta (PT)
Na opinião do deputado, a reforma da Previdência apresentada protege privilégios e aprofunda desigualdades.

— A reforma penaliza ainda mais as pessoas mais pobres, aprofunda as desigualdades e protege os privilégios e distorções da Previdência no Brasil. Vamos manter a estratégia de obstrução e apresentação de destaques.

Pompeo de Mattos (PDT)
O deputado do PDT mantém a postura do partido de contrariar a reforma da Previdência, mesmo com as alterações propostas.

A proposta tinha 10 maldades, foram tiradas quatro — os trabalhadores rurais, o BPC (Benefício de Prestação Continuada), a desconstitucionalização e a capitalização. Mas sobraram os professores, as viúvas, a idade mínima muito alta, os policiais, as regras de transição, o mínimo de contribuição passar para 20 anos… Em resumo da ópera, 85% da economia vai sair do RGPS (Regime Geral da Previdência), que são as pessoas que ganham menos. Ganham, na média, R$ 1.370. Isso não é suportável. E vamos votar a favor dos municípios e Estados, nos destaques.

NÃO QUISERAM SE MANIFESTAR

Giovani Cherini (PR) 

Márcio Biolchi (MDB)

Fonte e foto: Gaúcha ZH

 

 

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