Posse de armas: o que muda com o decreto de Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro assinou, nesta terça-feira (14), decreto que flexibiliza a posse de armas no Brasil. Entre as alterações do decreto, estão a adoção de critérios mais explícitos para a análise da Polícia Federal referente ao motivo alegado por quem deseja comprar uma arma.
O que muda?
1. Número de armas:
Será possível comprar e manter quatro armas em casa ou no trabalho (desde que o estabelecimento esteja em nome do titular do registro); o texto anterior falava em “duas armas de porte; duas armas de caça de alma raiada; e duas armas de caça de alma lisa”;
2. Limite flexível:
Caso seja demonstrada a necessidade, o limite da aquisição de armas poderá ser ampliado;
3. Necessidade de posse:
O decreto torna mais clara a definição de “efetiva necessidade”, condição atestada pela Polícia Federal. A análise será objetiva nestes casos:
- Moradores de Estados com mais de 10 homicídios por 100 mil habitantes, considerando dados de 2016 divulgados no Atlas da Violência 2018, o que contemplaria todos os Estados brasileiros;
- Residentes em áreas rurais;
- Proprietários ou representantes legais de estabelecimentos comerciais;
- Colecionadores, atiradores e caçadores registrados no Exército;
- Servidores ativos e inativos da segurança pública, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), da administração penitenciária, do sistema socioeducativo ou em atividades de poder de polícia administrativa ou correição;
- Militares ativos e inativos;
4. Cofre:
Residentes em casas com crianças, adolescentes ou deficientes mentais deverão instalar um cofre em casa, mas não haverá fiscalização;
5. Prazo para renovação:
A renovação do registro das armas terá que ser feita a cada 10 anos;
6. Armas já certificadas:
Os Certificados de Registro de Armas de Fogo expedidos antes do decreto ficam automaticamente renovados por 10 anos;
O que não muda?
1. Idade mínima:
Ser maior de 25 anos
2. Aptidão:
Ter curso de tiro, o que comprovaria a aptidão para o uso da arma
3. Condições psicológicas:
Exame psicológico segue necessário
4. Antecedentes:
Não possuir antecedentes criminais
5. Endereço e ocupação:
Trabalhar e ter residência fixa
Bené Barbosa é advogado de formação , um militante da área de segurança pública, a favor que as pessoas comuns tenham acesso ás armas, escreveu o livro “Mentiram pra mim sobre desarmamento” e é presidente da Ong Movimento Viva Brasil . Ele comenta acerca do decreto em entrevista à jornalista Leda Nagle.
https://www.youtube.com/watch?v=mdz1pQkcM5Y
Fonte e foto: Gaúcha ZH