As placas padrão Mercosul, que entraram em vigor no dia 17 de dezembro, estão causando bastante desconforto na população. Além dos valores, que podem chegar a mais de R$ 500 com as taxas de vistoria e documentação, a ausência do brasão do município preocupa. As novas chapas não possuem nem ao menos o brasão do Estado.
Falando na Uirapuru, o consultor da Hyundai CAOA de Passo Fundo, Alexandre Mafessoni, disse que a adoção da placa divide opiniões justamente por não conter o nome da cidade. A única forma de identificar o local será pela leitura do QRCode, presente na chapa, mas que ainda não está acessível ao público. Outra opção será pelo aplicativo Sinesp Cidadão, mas, além de lançar a placa, será necessário saber o código de conversão. Isso vai dificultar saber de onde é o veículo.
Mafessoni destacou que quando surgiu a mudança ela incluía a nomenclatura da cidade e do Estado, mas foi revogada com uma liminar. Segundo ele, a justificativa é de que toda vez que o veículo fosse transferido ou vendido precisaria trocar a placa. De acordo com o Observatório Nacional de Segurança Viária, a adoção desses detalhes faria com que as placas Mercosul fossem mais caras no Brasil que no Uruguai e Argentina, por exemplo. Com a retirada dos brasões, ela permanecerá a mesma por toda a sua vida útil.
Na sexta-feira, 28, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) anunciou um novo adiamento para a implantação das placas do Mercosul. Com o novo prazo, os estados e o Distrito Federal têm até 30 de junho de 2019 para se adequar ao novo padrão.
Fonte e foto: Rádio Uirapuru/ Passo Fundo.