Mbappé sai da Copa maior do que entrou, mesmo que França não vença
A França tem uma história de jogadores importantes que vestiram a camisa dez da seleção. Nesta Copa, um jovem está mantendo esta tradição: Mbappé.
Onde ele vai parar? A linha de fundo é o limite natural das arrancadas rumo ao gol. Mas depois de seis jogos na Copa, já não é exagero dizer que, correndo assim, Kylian Mbappé pode chegar ao topo do mundo mais cedo do que o mundo esperava.
Cinco anos atrás ele era só um fã de Cristiano Ronaldo. Uma foto era o maior troféu. Agora, aquele menino está perto de um troféu bem maior, que nem Cristiano conseguiu.
Mesmo que não vença, Mbappé já vai sair da Copa bem maior do que quando chegou. Três gols, e jogadas que não cabem nos números do futebol. Entre jogadores com menos de 20 anos, só tem menos gols numa Copa do que Pelé em 58..
A tradição francesa da camisa 10 não é tão antiga quanto a brasileira, mas tem história. Vestiu carrascos do Brasil como Platini em 86 e Zidane várias vezes depois. Desde 2006, a França buscava um talento à altura dessa camisa.
Um jogador tão experiente encerrou a carreira perdendo a cabeça. Já o herdeiro da camisa 10 chegou com uma maturidade surpreendente para quem tem só 19 anos. O tempo parece estar correndo ao contrário do relógio e a favor da França.
Em vez de pesar nas costas do menino, o número parece ter multiplicado a vontade de Mbappé por dez.
Na Rússia, parece tão tranquilo quanto nos campos de Bondy, nos arredores de Paris, filho de um treinador de escolinhas e de uma jogadora de elite de handebol.
A mãe tem fama de brava, e até dois anos atrás ainda levava Mbappé todos os dias para treinar no Mônaco.
O experiente Pogba resume: “Não há jovens em campo. Mbappé é um talento puro e muito maduro para a idade que tem”.
Onde Mbappé vai parar? Nem ele sabe. Mas quer levar junto nessa viagem todos os que amam o futebol.
Fonte e foto: G1/ Jornal Nacional