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Gloria Maria prepara filhas para lidar com racismo: ‘Inevitável que vão sofrer’

No III Jantar Sim À Igualdade Racial, a mãe de Maria e Laura conta ao Purepeople que as meninas tem conhecimento sobre preconceito racial: ‘Eu não fui preparada para sofrer o preconceito e sofri porque minha família não tinha cultura para isso. Hoje preparo as minhas filhas para enfrentarem o preconceito. Elas estudam, pesquisam, viajam, sabem que tem o mundo branco e o mundo preto’

Mãe de Maria, de 9 anos, e de Laura, de 8 anos, Gloria Maria ensina as filhas a “não serem esposinhas” e a lidar com racismo, assim como Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank fazem com Títi. Nesta quinta-feira (17), durante o III Jantar Sim À Igualdade Racial, no hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, a jornalista contou ao Purepeople que prepara as meninas para lidarem contra discriminação: “É inevitável que elas vão sofrer preconceito. Eu não fui preparada para sofrer o preconceito e sofri porque minha família não tinha cultura para isso. Hoje preparo as minhas filhas para enfrentarem o preconceito. Elas estudam, pesquisam, viajam, sabem que tem o mundo branco e o mundo preto”. A apresentadora contou que ainda há pouco negros no colégio das filhas: “Elas estudam em escolas de elite. Em uma delas, a minha é uma das poucas negras, na outra existe um programa de inclusão racial”.

Apresentadora fala de educação das filhas: ‘Preparo porque a barra é pesada’

A jornalista disse que os ensinamentos para as meninas, grandes fãs da cantora Anitta, são para lidar com qualquer problema no futuro: “Não me preocupo em salvar a minha filha de andar na rua, entrar em um restaurante, a preparo para enfrentar qualquer situação. Ninguém avisa: olha, agora vou te discriminar. Elas podem estar entrando comigo em um hotel luxuoso e alguém vir e nos barrar. Somos nós. As minhas filhas sou eu e eu sou elas, não tem distinção. As preparo porque a barra é pesada”.

Jornalista comenta racismo: ‘Única coisa que não temos é corrente nas pernas’

Apesar de campanhas de conscientização e luta contra preconceito racial, a apresentadora afirmou que o racismo ainda é muito presente: “O racismo não mudou, ele continua igual. Lutamos por cotas, por espaços na sociedade. A única coisa que não temos é corrente nas pernas, nos braços, no pescoço. Temos corrente na alma. Temos que lutar para existir, sobreviver. Acabou a escravidão, mas o racismo continua”.

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