Deputado quer restringir pagamento de auxílio-moradia a servidores e diminuir férias de juízes
O relator do projeto sobre o teto remuneratório do setor público (PL 6726/16), deputado Rubens Bueno (PPS-PR), pretende propor a restrição do pagamento de auxílio-moradia a servidores que tenham que sair de sua cidade para trabalhar em outro local temporariamente. Rubens Bueno pretende submeter o seu relatório à comissão especial que analisa o assunto no mês de março.
Rubens Bueno disse que qualquer decisão sobre o assunto será bastante discutida no colegiado; mas que o mais correto seria a restrição do benefício, hoje pago, por exemplo, a juízes e procuradores:
“A pessoa tem residência e domicílio em algum lugar do País e vai prestar um serviço eventual, ou um trabalho por tempo determinado, isso precisa ser indenizado. Mas aquele que está trabalhando onde tem residência, onde tem domicílio, é evidente que não pode receber auxílio-moradia”.
No ano passado, em audiência pública da comissão, representantes de associações de juízes e de defensores públicos sugeriram o fim do auxílio-moradia em troca de um adicional por tempo de carreira.
O projeto de lei em análise na Câmara redefine o que deve e o que não deve ser submetido ao teto remuneratório previsto na Constituição para todo o funcionalismo público, hoje de R$ 33.700.
O deputado Rubens Bueno afirmou que seu relatório também deve tratar das férias de 60 dias no Judiciário:
“Não é possível que no Brasil tenha férias de 60 dias e, no final das contas, essas férias são vendidas para transformar em dinheiro para aquele que tem esse direito”.
O deputado disse que aguarda apenas o envio pelo Conselho Nacional de Justiça e pelo Conselho Nacional do Ministério Público das informações sobre quem ganha acima do teto para verificar outros adicionais que podem estar “furando” o limite fixado.
A repórter Sílvia Mugnatto tem mais detalhes.
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