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Temer dá sinais de que reforma da Previdência pode ser rejeitada pelo Congresso

Em reunião com líderes da Câmara e com ministros, incluindo o da Fazenda, Henrique Meirelles, o presidente Michel Temer afirmou que continuará empenhado em aprovar a reforma da Previdência. Porém, reconheceu que ela deve ser menor que a prevista inicialmente e, em uma espécie de “vacina”, rechaçou a tese de que seu governo sofrerá uma derrota caso ela não avance.

O peemedebista afirmou sobre alguns dos que dizem querer derrotar a proposta “supondo que derrotando-a derrotam o Brasil”.

— A reforma da Previdência não é minha, não é pessoal, mas é do governo compartilhado — completou, ressaltando que uma eventual derrota, caso não consiga votar a medida, não vai inviabilizar o governo.

Segundo o presidente, que citou “centenas” de medidas aprovadas pelo Congresso, a reforma da Previdência é uma espécie de “fecho” das reformas. 

— A reforma da Previdência é a continuação importante, fundamental, para uma espécie de fecho das reformas que nós estamos fazendo. Continuarei me empenhando nela, vou trabalhar muito por ela. Embora não se consiga fazer todo o conjunto que ela se propõe, avançamos até um determinado ponto — destacou Temer.

No Planalto, auxiliares reconhecem que a idade mínima é o eixo central e mínimo para que a reforma tenha algum efeito e mantenha o discurso de vitória do governo.

Temer disse ainda que vê na mídia afirmações de que se o governo não aprovar a reforma da Previdência ele não terá dado certo. 

— Às vezes, até personificam, falam: “se o Temer não aprovar…” — disse. 

Segundo ele, o tema será debatido e esclarecido com a sociedade e os congressistas devem representar a vontade do povo. 

— Se em um determinado momento a sociedade não quer a reforma da Previdência, a mídia não quer e a combate, e se o Congresso não quiser aprová-la, paciência. Eu continuarei a lutar por ela — afirmou.

Convencido de que seu governo tem dado certo até hoje, Temer citou a derrubada das duas denúncias contra ele pela Procuradoria-Geral da República e falou em “gratidão” aos parlamentares pelo apoio. O presidente disse ainda que superou as adversidades e é um governo que deu certo “até hoje, que não falhou” e que “gestos inadequados praticados por algumas figuras acabaram atrasando essa reforma”. 

— Se não fosse aquela coisa desagradável que aconteceu meses atrás já teríamos aprovado — assinalou.

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