Outubro foi de reação para as cotações da soja
Nada como um mês após o outro. Outubro foi de reação para as cotações da soja. Além da desvalorização do real frente ao dólar, o que favoreceu o preço no mercado interno, os valores na Bolsa de Chicago também registraram alta.
– Houve uma mudança de ventos em Chicago. O mercado ficou o tempo todo esperando safra recorde nos Estados Unidos, mas a produção cresceu só 3%. Ou seja, a safra não é tão grande como parecia – observa Carlos Cogo, consultor em agronegócio.
Ao mesmo tempo, começaram as pressões em relação ao clima na América do Sul, com problemas e especulações sobre o La Niña. Na largada do plantio, houve atraso e todo esse estresse fez o preço subir na bolsa americana, acrescenta o consultor.
Levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, indica que em outubro a soja alcançou o maior patamar dos últimos três meses. O Indicador Cepea/Esalq Paraná avançou 2,3%, com média de R$ 66,48 a saca.
– Essa reação de preço chegou, tardiamente, em outubro – completa Cogo.