Sexta-feira, 13 de Dezembro de 2024
Telefone: (54) 3383 3400
Whatsapp: (54) 9 9999-7374
Curta nossa página no Facebook:
Clique para Ouvir
Tempo nublado
26°
18°
21°C
Espumoso/RS
Tempo nublado
No ar: Café da Líder
Ao Vivo: Café da Líder
Bom Dia Líder

CTNBio aprova soja Bt resistente a lagartas e tolerante a três herbicidas

CTNBio aprova soja Bt resistente a lagartas e tolerante a três herbicidas
12.08.2017 07h06  /  Postado por: upside

Uma nova variedade de soja Bt foi aprovada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), na reunião plenária de agosto, para plantio, consumo humano e animal. Além da resistência a insetos, este grão geneticamente modificado (GM) apresenta tolerância a três herbicidas: glifosato, glufosinato de amônio e ácido diclorofenoxiacético. As informações são do Conselho de Informações de Biotecnologias (CIB). A nova tecnologia pertence a empresa Dow AgroSciences e é o primeiro produto liberado pela CTNBio a reunir, em um único evento, genes para resistência de insetos e tolerância a três herbicidas diferentes. Após esta aprovação da CTNBio, a empresa precisa agora da autorização e registro do Ministério da Agricultura (Mapa). Para somente então comercializar o produto no país. Vale ressaltar que essa mesma tecnologia já tem liberação comercial na Argentina desde o ano passado. A nova variedade de soja transgênica foi obtida através do cruzamento dos eventos DAS-44406-6 x DAS-81419-2 e contém dois genes (cry1Ac e cry1F) referentes à resistência de insetos e três (aad-12, 2mepsps e pat) relativos à tolerância aos herbicidas. Os genes cry são provenientes da bactéria de solo Bacillus thuringiensis (Bt) e têm ação inseticida. Já o aad-12 vem da bactéria de solo Delftia acidovorans e confere tolerância ao 2,4-D. O 2mepsps, por sua vez, é um gene retirado do milho e confere tolerância ao glifosato. E o pat provém da bactéria de solo Streptomyces viridochromogenes, responsável pela tolerância ao glufosinato de amônio. Soja GM no Brasil A primeira soja geneticamente modificada – Roundup Ready (RR), resistente ao herbicida glifosato – foi introduzida no País em 1998. Atualmente, há 14 variedades transgênicas aprovadas, sendo quatro delas Bt (resistentes a insetos como lagarta-da-soja, lagarta-das-maçãs, lagarta-elasmo, falsa-medideira, broca-das-axilas e mariposas do gênero Helicoverpa). A soja Bt teve sua primeira adoção no território nacional em 2013. Em 2002, a adoção da soja GM no País era inferior a 20%, ao passo que hoje chega a 96,5%, segundo o Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA). Em relação à produtividade da soja, entre 1998 e 2017 houve um incremento de 43% no País, passando de 2,3 toneladas por hectare para 3,3 toneladas por hectare, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). No período de 1999-2017, a produção interna do grão também aumentou 271% e a área cultivada, 162%. Lei de Biossegurança e CTNBio Desde 2005, a Lei de Biossegurança (11.105/05) estabelece, de forma clara, que compete à CTNBio a análise técnica da biossegurança dos organismos geneticamente modificados (OGM) sob os aspectos vegetal, ambiental e de saúde animal e humana. Além disso, a legislação estabelece como órgãos fiscalizadores o MAPA, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). A legitimidade da CTNBio para fazer as análises é baseada no caráter de excelência científica de seus membros. São 27 titulares e 27 suplentes, todos com título de doutor em áreas afins à biotecnologia. É fundamental que as decisões sobre o assunto sejam alicerçadas por avaliações de especialistas, que conhecem profundamente o funcionamento dos genes, a síntese de proteínas por eles codificadas e outros aspectos técnico-científicos. Para trabalhar com OGM de acordo com a Lei de Biossegurança, toda instituição de pesquisa ou empresa precisa constituir uma Comissão Interna de Biossegurança (CIBio), que é o ponto focal com a CTNBio. É isso que garante que a CTNBio monitore todos os processos de desenvolvimento de um novo OGM, antes de ele ser avaliado para aprovação comercial. É por todas essas características que o sistema regulatório brasileiro é reconhecido internacionalmente como um dos mais rígidos e estáveis.

Comente essa notícia
Receba nosso informativo
diretamente em seu e-mail.
Utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência, de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.
CONCORDO