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Soja e automóveis foram destaques nas fortes exportações gaúchas no primeiro trimestre

Ao todo, as vendas de empresas do Rio Grande do Sul ao exterior somaram US$ 3,318 bilhões entre janeiro e março deste ano. Foram US$ 509,2 milhões em divisas extras ingressando no Estado em relação ao mesmo período de 2016, o que representa alta de 18,1%. As receitas no trimestre voltando a crescer após quatro anos e os preços se recuperando depois de dois anos inspiram a pensar em sinal de retomada da economia, mas os ganhos merecem ressalvas.
Ainda que os números sejam positivos, boa parte do acréscimo, na verdade, veio de demanda represada nos embarques de soja em 2016 e do redirecionamento de vendas motivado pela crise brasileira, como ocorreu no setor de veículos. “No ano passado, com a soja cotada a cerca de R$ 90,00, muitos produtores seguraram o produto acreditando que o preço ficaria ainda mais atrativo. O problema é que os rumos se inverteram e houve depreciação do real. O câmbio correu boa parte dos ganhos das commodities no mercado internacional, mas o produtor precisava abrir espaço para estocar a nova safra e se obrigou a vender”, explica Tomás Amaral Torezani, pesquisador em Economia do Centro de Indicadores Econômicos e Sociais da Fundação de Economia e Estatística (FEE).
O movimento incomum de embarques de soja entre janeiro e março foi feito basicamente para a China. O maior mercado asiático, que tradicionalmente adquire entre 80% e 90% da oleaginosa gaúcha, praticamente dominou os portos no trimestre passado. Respondeu por 99,7% dos embarques.
Ouça no player acima a entrevista de Tomás ao repórter Eduardo Leães, da Rádio Agert.

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