Para analista Carlos Cogo mercado da soja não terá grandes perdas após questões relacionadas à carne
Uma safra nunca é igual a outra e também são muito diferentes as características de comercialização. E para obter os melhores resultados, o agricultor deve ter o máximo de cautela e reunir boas informações sobre o mercado. A mensagem do consultor Carlos Cogo marcou a sua palestra Tendências do Agronegócio Mundial e Brasileiro em 2017 e os Cenários de Longo Prazo, que lotou o auditório central da Expoagro Afubra nesta quarta-feira, 22 de março, no início da tarde. A disputada palestra começou pela abordagem dos efeitos nocivos da exagerada repercussão da operação Carne Fraca, da Polícia Federal, que colocou sob suspeita de fraude 27 frigoríficos brasileiros.
Para Cogo, ações deste tipo devem ocorrer e o rigor da lei deve ser aplicado para manter as cadeias do agronegócio com a qualidade que referencia os alimentos brasileiros no mercado interno e no exterior. No entanto, entende que há necessidade de acercar-se de informações técnicas que não causem o nível de contágio ocorrido no mercado. `
Para a soja, apesar de algum impacto sobre o farelo, Carlos Cogo não prevê maiores perdas pela superexposição provocada aos problemas da carne. “Haverá um ajuste das exportações de farelo para grão e o cenário que já era previsto não terá muitas mudanças. O Brasil continuará exportando bem e a safra maior no país e no mundo manterão as cotações abaixo
que tivemos no ano passado. Não há margem para grandes sobressaltos no atual cenário´´, considera.
A colheita brasileira da oleaginosa deve crescer 12,8%, atingindo 107,6 milhões de toneladas. Haverá um aumento de 12,2 milhões de toneladas em relação à safra anterior e ampliação de 1,9% na área, que deve alcançar 33,9 milhões de hectares.
Ouça no player acima o que disse o analista que conversou com o repórter Cléber Moura, da Rede Líder, que esteve presente no segundo dia da Expoagro Afubra.