Professores entrarão em greve na terça-feira
Os próximos dias serão agitados para os servidores estaduais da Educação. Em assembleia nesta quinta-feira, o Cpers/Sindicato decidiu entrar em greve, a partir de terça-feira, até a votação ou a retirada do pacote de medidas contra a crise financeira no Rio Grande do Sul, do governador José Ivo Sartori. O pacote, que prevê a extinção de 11 órgãos – nove fundações, uma companhia e uma autarquia – e a redução de 20 para 17 secretarias, será votado na Assembleia Legislativa entre os dias 20 e 21. Nem mesmo o calor de 28 graus e o sol forte foram suficientes para desanimar os educadores, que lotaram a Praça da Matriz, no Centro da Capital. A paralisação começa no dia 13, para quando está marcada uma mobilização regional unificada. Também estão previstas assembleias de outras categorias nessa data. A partir do dia 19, os educadores acamparão em frente ao Palácio Piratini, com o intuito de pressionar os deputados a votarem contra o “pacote de maldades”. Entre os dias 13 e 19, haverá mobilizações em Uruguaiana, Frederico Westphalen, Marau, Nova Prata e Candelária.
Como os professores fizeram uma greve que durou 54 dias, entre maio e julho deste ano, a maioria das escolas estaduais possuem calendário letivo até metade de janeiro. Os colégios que não aderiram à paralisação pretendiam terminar as aulas em 23 de dezembro. Com a deflagração de greve, não há previsão de término do ano letivo.
O secretário da Educação, Luís Alcoba de Freitas, afirmou, nesta sexta-feira (09), que a decisão foi equivocada e inoportuna.
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